Ao depor hoje (9), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que até o momento não houve nenhuma indicação do partido para que ele se afaste da Secretaria de Finanças e Planejamento.
“A avaliação que [faço] hoje é que tenho apoio do diretório nacional para continuar na Secretaria de Finanças”, disse. Segundo Vaccari, cabe ao diretório do PT uma eventual decisão de afastá-lo. “Serei secretário de Finanças até o dia em que o diretório nacional assim quiser”, respondeu ao ser questionado se iria continuar no cargo.
Vaccari é suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Eles afirmam que o tesoureiro intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras. No depoimento, o tesoureiro do PT negou aos parlamentares que tenha recebido doações ilegais para o partido, e disse não ter tratado de finanças com ex-executivos da Petrobras que o citaram em depoimentos de delação premiada.
Vaccari disse aos integrantes da CPI que não participou do comitê financeiro do PT nas eleições presidenciais de 2010 e 2014 e não arrecadou recursos para as campanhas. Segundo ele, desde 2006, a Secretaria de Finanças do partido deixou de ser responsável por financiar campanhas. “É importante ressaltar que os recursos do PT são utilizado em eleições quando são eleitorais; quando em conta partidária, são usados na manutenção do partido”, disse. Houve momentos de tensão durante o depoimento do tesoureiro. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) se irritou com respostas indiretas e repetidas, e deixou o plenário. No início da reunião, houve tumulto depois que ratos foram soltos no plenário.
O Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta (15) pela Polícia Federal em sua casa, em São Paulo - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.04.2015, 16:17:00 Editado em 27.04.2020, 20:01:05
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