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Reunião entre governo e educadores negocia fim da greve que dura 10 dias

Na tarde desta quinta-feira (19), uma reunião entre o Governo do Paraná e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) vai negociar a greve da categoria, que completa dez dias. Entre as exigências para o fim

Da Redação

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Manifestantes permancem acampados no Centro Cívico de Curitiba (Foto: Daiane Baú/G1)
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Manifestantes permancem acampados no Centro Cívico de Curitiba (Foto: Daiane Baú/G1)
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.02.2015, 08:59:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:46
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Na tarde desta quinta-feira (19), uma reunião entre o Governo do Paraná e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) vai negociar a greve da categoria, que completa dez dias. Entre as exigências para o fim da greve, estão o pagamento de benefícios atrasados e a reabertura dos turnos fechados no fim de 2014.

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Funcionários e professores da rede estadual entraram em greve no dia 9 de fevereiro, quando iniciaria o ano letivo de mais de 950 mil estudantes. Desde então, os servidores estão acampados no Centro Cívico de Curitiba, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. O secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, afirmou na quarta-feira (18) que a volta às aulas é a prioridade do governo estadual. De acordo com o secretário, no encontro com os representantes do magistério estadual, o governo quer deixar clara a disposição de negociar as demandas da categoria.

Na semana passada, após a reunião ser marcada, uma das representantes do sindicato, Marlei Fernandes, disse que o encontro é uma negociação. 

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"Vamos ouvir o que o governo tem a dizer sobre nossa pauta de reinvidicações. O problema é que o governo diz que vai por fim na greve, mas queremos lembrar que isso é apenas uma negociação", declarou. A reunião está marcada para as 14h30, na capital paranaense. Ocupação da AlepNo dia 10 de fevereiro, servidores estaduais ocuparam o Plenário da Alep e permaneceram no local até o dia 12. Eles só saíram do local após o governo pedir a retirada do conjunto de medidas de austeridade – conhecido como “pacotaço” e  proposto pelo governador Beto Richa (PSDB) – da pauta da Casa para revisão. Entenda o "pacotaço" apresentado pelo Governo do Paraná. A ocupação aconteceu logo depois de os deputados aprovarem, com 34 votos favoráveis e 19 contrários, o requerimento que instituiu Comissão Geral para a apreciação do pacote de medidas. Comissão Geral é um mecanismo previsto no regimento interno da Casa que permite os deputados votarem em um projeto de lei, em um único dia, sem que a proposta passe por comissões específicas. A retirada do pacote foi realizada depois de os manifestantes invadirem, no dia 12, o pátio da Alep no momento em que uma sessão ocorria no restaurante da Casa, já que o Plenário estava ocupado pelos servidores. Apesar de policiais isolarem a Assembleia Legislativa, os manifestantes invadiram o local. Houve confronto com a polícia, que usou bombas de efeito moral e balas de borracha, deixando feridos.

Nesse mesmo dia, alguns deputados entraram na Alep dentro de um caminhão da Tropa de Choque porque manifestantes impediram o acesso deles. Nessa sessão, os deputados pretendiam votar o novo requerimento para a formação da Comissão Geral, que foi apresentado pelo líder do governo na Alep, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), no dia anterior, em sessão também realizada no restaurante da Casa, para a análise do “pacotaço”. O requerimento precisou ser apresentado novamente, já que a sessão do dia 10 foi cancelada devido à ocupação.

'Aprender com os erros'Após a manifestação que tomou conta da Alep, Romanelli disse que, enquanto for o líder do governo na Casa, não vai mais requerer Comissão Geral.
"Com os erros, nós temos que aprender e não repetí-los. Então, obviamente, eu, inclusive, assumi um compromisso. Enquanto eu for líder, eu não vou requerer mais Comissão Geral de Plenário". "Esse modelo de querer, de fato, mudar ou aprovar as coisas a toque de caixa, sem debate, acaba dando no que deu", completou o líder do governo. Já o govenador classificou como “absurda e violenta” as manifestações dos servidores.Em nota, Richa afirmou que o tumulto foi provocado por “um grupo de baderneiros infiltrado no movimento dos professores”.

Assembleia fechadaNesta sexta (13), a Alep informou que ficaria fechada até quarta-feira para "levantar os prejuízos e reparar os danos da invasão" de manifestantes, que ocuparam o prédio. Já as votações no Plenário serão retomadas apenas na segunda-feira (23).
Ao desocuparem prédio da Assembleia Legislativa, os servidores limparam o local. Série de grevesDurante a semana passada, várias categorias se juntaram aos protestos, como o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde) e o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). Os trabalhadores da saúde chegaram a deflagrar greve no dia 12, porém, a paralisação foi suspensa no dia seguinte. A decisão foi tomada após o pacote de medidas do governo estadual ser retirado da pauta de votações. Servidores de universidades estaduais continuam a greve iniciada na semana passada. Já na quarta-feira, os servidores do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) retomaram a greve da categoria, que havia sido suspensa em dezembro de 2014. Os trabalhadores decidiram se unir aos professores e funcionários estaduais contra o “pacotaço” do governo estadual.

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