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Apesar de novos ataques, PT ainda quer manter Marta no partido

SÃO PAULO, SP - Os novos ataques da ex-ministra e senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao PT e à presidente Dilma Rousseff não foram suficientes para demover o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do partido de convencê-la a permanecer filiada à l

Da Redação

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Publicado em 27.01.2015, 18:12:00 Editado em 27.04.2020, 20:03:34
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SÃO PAULO, SP - Os novos ataques da ex-ministra e senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao PT e à presidente Dilma Rousseff não foram suficientes para demover o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do partido de convencê-la a permanecer filiada à legenda. 

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Em artigo publicado na Folha de S.Paulo nesta terça-feira (27), Marta diz que o país vive em crise "por ausência de transparência, confiança e credibilidade" e que o PT prometeu, durante a campanha, "um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção." 

Não é a primeira vez que a senadora faz declarações públicas contra seu partido e o governo Dilma, do qual fez parte até o final do ano passado, como ministra da Cultura. No início do ano, em entrevista, falou que o PT havia chegado a uma encruzilhada na qual "ou muda, ou acaba". 

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Apesar de estarem extremamente irritados com a postura de Marta, Lula e dirigentes petistas continuam enviando sinais à senadora de que há a disposição do partido em negociar a sua permanência. 

Escalado para ser o interlocutor entre o PT e Marta neste momento de crise, o presidente do PT-SP, Emidio de Souza, disse que prefere as declarações que a senadora deu durante a campanha, quando ela defendia o legado do partido e o governo federal, às duras críticas que tem feito nas últimas semanas. 

"Prefiro as opiniões da Marta sobre o PT e o governo dadas durante a campanha", afirmou Emidio à reportagem. 

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Nas últimas duas semanas, o presidente estadual petista enviou três emissários para sondar Marta sobre uma possível negociação com o partido. A senadora sinalizou positivamente para uma conversa na última sexta-feira (23). Em seguida, porém, alegou motivos pessoais para fazer uma viagem e não remarcou a data. 

Mesmo com o esforço concentrado do partido, integrantes do comando do PT acreditam que a vontade real da senadora é sair da sigla para concorrer à prefeitura de São Paulo em 2016. Para eles, a petista "quer sangrar o PT" e "demarcar campo, tentando capitalizar o desgaste do PT entre os paulistas." 


NEGOCIAÇÃO

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A Folha de S.Paulo informou há 15 dias que o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reuniu-se com Lula e, em seguida, com Emidio em São Paulo para deliberar sobre a situação de Marta. 

Ficou acertado que a legenda procuraria a senadora e, caso ela se mostrasse disposta a conversar, Lula entraria no circuito pessoalmente. O aceno será o de que Marta pode ser a candidata petista ao governo paulista em 2018, mas não poderá pleitear a vaga de Fernando Haddad (PT), que disputará a reeleição para a prefeitura da capital paulista no ano que vem. 

Aliados afirmam que a senadora tem um "projeto pessoal" de voltar a concorrer a um cargo majoritário em São Paulo e, como completará 70 anos em março, vê a eleição de 2016 como "sua última chance". Mesmo assim, ponderam, estaria disposta a aceitar a vaga de candidata do PT ao governo. 

Petistas apostam que, caso Marta aceite o posto de candidata petista ao Palácio dos Bandeirantes, colocará condições, como a de não precisar enfrentar prévias dentro do partido e ter o apoio integral de Lula.

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