SÃO PAULO, SP - O governador eleito do Ceará, Camilo Santana (PT), pretende discutir com gestores da região Nordeste uma proposta de volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) em que apenas os 1,2% mais ricos da população brasileira pague o imposto.
Antes de ser extinto, o tributo era cobrado a cada movimentação financeira no banco e destinava recursos para a a área da saúde.
A assessoria de Camilo explicou que essa parcela de pessoas fazem transferências financeiras de valores superiores a 15 salários mínimos. A União ficaria com 40% dos recursos, os Estados com 35% e os municípios com 25%. Os valores, a serem investidos na saúde, serão adicionais ao mínimo obrigatório que Estados e municípios têm que repassar à área --12% e 15%, respectivamente.
Os governadores eleitos nos Estados do Nordeste defenderam nesta terça-feira (3) novas fontes de financiamento da saúde em uma carta elaborada após encontro em João Pessoa, na Paraíba.
A medida é mais um passo no sentido de articular a volta da CPMF, movimentação que tem o consentimento da presidente Dilma Rousseff e é encampado pelos também petistas Rui Costa (Bahia) e Welington Dias (Piauí).
Dentro do governo, em posições bem próximas a Dilma, há fervorosos defensores da volta da CPMF. Entre eles estão o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o secretário de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.
No sábado, um dia após Dilma discursar no evento do PT, o presidente do partido, Rui Falcão, também propôs um grande acordo nacional para reforçar a receita da saúde.
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