BRASÍLIA, DF - Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, quebrou o silêncio na CPI mista que investiga a estatal. Na sessão desta terça-feira (2), Costa pediu a palavra e anunciou que não responderia perguntas. Apesar disso, falou por cerca de três minutos, em tom de desabafo.
Em sua explanação, o ex-diretor de Abastecimento afirmou que as irregularidades não são exclusividade da estatal e elencou outros setores: "O que ocorre na Petrobras acontece no país inteiro: portos, aeroportos, hidrelétricas, ferrovias e rodovias", acusou.
Costa repetiu algumas vezes que estava arrependido e afirmou que reitera todo o conteúdo relatado na delação premiada feita ao MPF (Ministério Público Federal).
"Desde o governo Sarney, todos, todos os diretores da Petrobras e de outras, sem apoio político, não chegava a diretor. Infelizmente, aceitei. Esse cargo [diretor] me deixou onde estou hoje", disse.
O ex-diretor de Abastecimento contou que, até ocupar a diretoria, galgou espaços na estatal por competência técnica.
Neste momento, ao contrário do que seu advogado anunciou, Costa está respondendo algumas dos questionamentos de parlamentares.
Ele está no Congresso participando de uma acareação com Nestor Cerveró, ex-diretor Internacional da Petrobras, que também está prestando esclarecimentos.
Paulo Roberto Costa falou ainda sobre a delação premiada que firmou com o MP.
"Nos mais de 80 depoimentos, o que está lá eu confirmo. Provas estão existindo, sendo colocadas Falei de fatos, dados e pessoas, que virão ao conhecimento publico. Não sei quando, mas virão".
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