Pezão diz que parceria com Dilma está acima das questões partidárias

RIO DE JANEIRO, RJ - Em clima de campanha e ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a presidente Dilma Rousseff reafirmou a "parceria fantástica" com o mandatário nesta segunda-feira (30) durante inauguração do Hospital Estadual dos Lagos, que fica em Saquarema, na região dos Lagos.

"O Lula me nomeou a mãe do PAC e o Pezão, o pai do PAC", disse Dilma. Na época, ele era vice-governador e secretário de Obras. Dilma chefiava a casa civil.

"Eu passei a vê-lo como governador por ser responsável pelas obras de infraestrutura", disse Dilma, sob aplausos. Já Pezão reafirmou (em tempos de racha no seu partido e adesão do PMDB do Rio à campanha do opositor Aécio Neves) que a "as conquistas" realizadas com "parceria" com a União. "Nada se apagará com as diferenças e cotoveladas do período eleitoral. Nossa parceria está acima das questões partidárias."

Dilma vem ao Rio num momento de defecção de base de apoio, após a aliança do PSDB com o PMDB de Pezão. Ele diz apoiar formalmente a presidente, mas a maior parte dos deputados e prefeitos do partido, o principal da base da apoio de Dilma no plano nacional, apoia a candidatura do peesedebista Aécio Neves, num movimento batizado de "Aezão".

O acordo passou pela retirada da candidatura do ex-governador Sérgio Cabral, do Rio, ao senado em favor do ex-prefeito da capital Cesar Maia (DEM), aliado histórico do PSDB.

Cabral, que costurou o acordo com Aécio, não esteve presente ao evento nem foi citado por Dilma.

A vinda da presidente a Saquarema é uma forma de quebrar essa adesão majoritária a Aécio Neves. A cidade é administrada por Franciane Motta (PMDB), mulher do presidente da Assembleia Legislativa (e substituto do governador, com a renúncia de Cabral em abril), Paulo Mello, também do PMDB e que declara apoio a Dilma. Melo tem na região dos Lagos sua base eleitoral.

Dilma citou, um a um, o nome de todos os prefeitos da região presidentes.

A unidade atenderá a uma população estimada em 2,3 milhões de cidades como Araruama, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, entre outras.

O foco será no atendimento ao trauma ortopédico cirúrgico, maternidade de alto risco e ginecologia cirúrgica. Foram investidos no novo hospital mais de R$ 46 milhões -R$ 41,7 milhões de governo do Rio.

INAUGURAÇÃO INCOMPLETA

A participação do governo federal se dará com o aporte de R$ 30,7 milhões ao ano para o custeio da unidades (salários, médicos, material hospitalar, manutenção e outros), dos R$ 80 milhões necessários anualmente. Os recursos são do SUS e correspondem a cerca de dois terços do investimento na obra.

O hospital será inaugurado com 20% da capacidade de atendimento. Só em setembro funcionará a 100% -período no qual não são permitidas inaugurações por conta da lei eleitoral.

A unidade atenderá a uma população estimada em 2,3 milhões de cidades como Araruama, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, entre outras.

O foco será no atendimento ao trauma ortopédico cirúrgico, maternidade de alto risco e ginecologia cirúrgica. Foram investidos no novo hospital mais de R$ 46 milhões -R$ 41,7 milhões de governo do Rio.