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Ex-governador do Rio Marcello Alencar morre aos 88 anos

SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ - O ex-governador do Rio Marcello Alencar morreu na madrugada desta terça-feira (10), aos 88 anos, em seu apartamento na praia de São Conrado, na zona sul do Rio.Ele era presidente de honra do PSDB e tinha a saúde debil

Da Redação

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Ex-governador do Rio Marcello Alencar morre aos 88 anos
Icone Camera Foto por Foto: PSDB- RJ
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.06.2014, 13:53:00 Editado em 27.04.2020, 20:13:22
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SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ - O ex-governador do Rio Marcello Alencar morreu na madrugada desta terça-feira (10), aos 88 anos, em seu apartamento na praia de São Conrado, na zona sul do Rio.

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Ele era presidente de honra do PSDB e tinha a saúde debilitada por dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais). A causa da morte, por volta das 4h15 desta terça, ainda não foi divulgada.

O velório será realizado na quarta-feira (11), no Palácio da Cidade, em Botafogo (zona sul), das 9h às 14h. Em seguida, o corpo será cremado no Cemitério do Caju, na zona norte.

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O presidente do PSDB do Rio, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, disse que recebeu a notícia da morte de Alencar através da família do ex-governador. Rocha lembrou que o ex-parlamentar completaria 89 anos no dia 23 de agosto e lamentou a morte do aliado, que já estava afastado das articulações políticas por motivos de saúde.

"Estou profundamente triste. Ele foi um ícone para todos nos do PSDB e deixou um grande legado nas áreas política e administrativa", afirmou.

Segundo o deputado, Alencar sofria com problemas de saúde desde que teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há 12 anos. Pertenceu a dois partidos: Partido Democrático Trabalhista (PDT), do qual foi fundador, e Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que ocupou a presidência durante anos.

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"O Marcelo deixa um legado imenso, quer seja na política, quer seja na gestão administrativa. Ele foi um dos grandes políticos que se rebelaram contra a ditadura e lutaram para trazer a democracia de novo para o nosso país. Sempre dizia que a ditadura roubou dele 20 anos de vida política", afirmou Luiz Paulo Rocha.

Luiz Paulo lembrou a trajetória de Alencar, que era suplente de senador quando teve os direitos políticos cassados pela ditadura militar em 1969. Sem mandato, tornou-se advogado de presos do regime.

Após a redemocratização, Alencar voltou à política no PDT do ex-governador Leonel Brizola, também perseguido pelos militares. Foi prefeito do Rio por dois mandatos e se elegeu governador em 1994, já no PSDB.

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"Como gestor, tirou a prefeitura da falência e modernizou o Estado com as primeiras concessões na área de transportes, com obras importantíssimas na área do metrô de Botafogo a Copacabana (zona sul), Triagem a Pavuna (zona norte). Ele deixou um legado muito forte", acrescentou Luiz Paulo.

Alencar era um político irreverente, que costumava despachar de pés descalços e fazia piada com o apelido de "Velho Barreiro", referência ao gosto pela bebida.

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À semelhança de Brizola, rompeu com muitas de suas crias políticas, como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), em meio a uma troca de acusações de corrupção. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também deixou o partido após se desentender com ele.

Em nota oficial de pesar, Paes afirmou que "o Rio perdeu hoje um de seus filhos mais ilustres" e disse que Alencar "foi uma referência e uma inspiração desde o início da minha vida pública". O prefeito decretou luto oficial de três dias.

O governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), também emitiu nota oficial, na qual afirmou que "com seu característico bom humor, Marcello Alencar fez diferença na política brasileira". Pezão afirmou ainda que "o saneamento das contas da Prefeitura do Rio foi uma das suas mais importantes contribuições para o município. Como governador, senador da República e prefeito, sempre lutou pela população fluminense."

Mesmo doente, o ex-governador se manteve no comando da legenda no Rio até as eleições de 2010, quando articulou o lançamento de Fernando Gabeira (PV) ao governo do Estado. "Tenho que ter sempre a última palavra. Para ser obedecido ou desobedecido", disse Alencar, há quatro anos.

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