O governo federal anunciou a criação de um grupo de trabalho para tratar de ações de segurança no programa Minha Casa, Minha Vida, que tem sido alvo de invasões por criminosos.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governo federal vai dar assistência aos Estados e municípios na proteção das unidades habitacionais. "A Polícia Federal vai dar apoio às polícias estaduais no que for necessário para esclarecer delitos", disse.
A parceria foi firmada com o Ministério das Cidades, responsável pelo programa, e com o governo do Rio de Janeiro, mas também deve ser estendida a outros governos estaduais e municipais. Em até 20 dias será feita a primeira reunião do grupo, na qual será elaborado um plano de trabalho, que já prevê reuniões no mínimo a cada três meses.
O programa Minha Casa, Minha Vida, que subsidia casas populares, é uma das principais vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff. O balanço do governo é que, entre 2011 e 2013, foram entregues 1,51 milhão de moradias.
A Folha mostrou em agosto que obras do Minha Casa Minha Vida na Bahia e no Ceará haviam sido invadidas por traficantes de drogas mesmo antes de ficarem prontas. No último fim de semana, o "Fantástico", da Rede Globo, mostrou casos de criminosos que expulsaram moradores do programa.
Sem-teto
Na terça passada, movimentos sociais de sem-teto fizeram uma mobilização em Brasília com reivindicações relacionadas à habitação popular. Cerca de cem pessoas se reuniram nos ministérios das Cidades, Planejamento e, posteriormente, em frente ao Palácio do Planalto. Não houve tumulto.
Eles se reuniram à tarde com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. De acordo com Maria das Dores, uma das coordenadoras do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Carvalho prometeu intermediar uma reunião do grupo com a presidente Dilma Rousseff em até dez dias. A assessoria de Gilberto Carvalho não confirmou a informação.
Entre as reivindicações dos sem-teto está o aumento do teto da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, que é a modalidade com maior subsídio, voltada para quem ganha até R$ 1.600. O grupo argumenta que esse valor seria equivalente a três salários mínimos quando foi criado mas que está defasado, já que atualmente três salários mínimos equivalem a cerca de R$ 2.100.
Segundo o ministro, José Eduardo Cardozo, o governo federal vai dar assistência aos Estados e municípios na proteção das unidades habitacionais
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2014, 09:27:00 Editado em 27.04.2020, 20:16:14
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