O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência negou que tenha subido o tom das críticas contra o governo federal e a pré-candidata do PT Dilma Rousseff. Em entrevista exibida na madrugada desta segunda-feira (31) na Rede TV!, Serra disse afirmou que tudo o que falou na última semana – e que foi interpretado como críticas mais duras – já havia sido dito anteriormente.
- Se fizer um filme e olhar, vai ver que meu tom é o mesmo de sempre. Tudo o que eu disse já estava no discurso em 10 de abril [data de lançamento da pré-campanha do tucano].
Na última terça-feira em sabatina dos presidenciáveis na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Serra atacou as políticas econômica e fiscal do governo federal, afirmando ainda que o PT estava “loteando” cargos na administração federal. Ele afirmou ainda que o governo federal não baixa os juros e a carga tributária, e nem fez investimentos suficientes em infraestrutura.
O presidenciável foi questionado sobre o fato de ser apontado pela oposição – e também por parte do eleitorado, como mostram pesquisas eleitorais – como mais preparado do que Dilma para governar o país, e respondeu que a “população é quem vai julgar”.
- Não acho [que seja mais preparado que Dilma], quem vai julgar é a população. Sou um cara mais ou menos transparente. Não tenho duas caras. Tenho uma longa militância política.
Sobre a escolha do vice em sua chapa, o tucano continuou adotando o tom cauteloso da última semana, dizendo que nunca fez pressão sobre Aécio, e evitando citar eventuais outros nomes caso o mineiro rejeite mesmo o posto.
- Nunca defendi nenhuma chapa publicamente porque essa questão é muito complicada. Aécio tem credencial para tudo, mas ele decidiu ir pra senador. Eu respeito. É um assunto que vai ser decidido. Nunca conversei sobre isso, nem internamente. Candidatura não depende de vice para vencer.
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