BRASÍLIA, DF, 25 de março (Folhapress) - Após concessões do governo, o Marco Civil da Internet deve ser votado hoje com uma divergência sobre a liberdade de expressão dos usuários da rede.
Puxados pelo PMDB, partidos querem retirar do texto a previsão para que o provedor seja responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros só após ordem judicial. A ideia é flexibilizar a proposta para o provedor responder após uma notificação como ocorre hoje.
A mudança beneficia os parlamentares e também é uma demanda de emissoras de rádio e televisão.
O tema foi discutido durante reunião de lideres da base aliada com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
"Eu acredito que vamos ter hoje uma votação garantindo pontos essenciais. O projeto terá a neutralidade e terá a aprovação da soberania fazendo valer a legislação brasileira para tudo que circula e é produzido em termos do nosso país e segundo a Constituição. Eu acredito que o acordo está bem encaminhado para a votação de hoje", disse Ideli.
Para evitar uma derrota, o governo anunciou na semana passada duas mudanças no texto.
Uma mudança na regulamentação do principal ponto do projeto, a neutralidade da rede jargão que define o acesso a todos os sites e produtos dentro da mesma velocidade de conexão.
Em um aceno ao PMDB, ficou acertado que um decreto da Presidência vai tratar das exceções da neutralidade com a "fiel execução" da lei, sem inovar no conteúdo. O outro recuo foi sobre a guarda de dados, que não será feita no Brasil.
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.03.2014, 15:11:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:08
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Planalto vai tentar aprovar Marco Civil hoje"