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Alcides reclama de abandono e promete voltar à Câmara em 2014

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Da Redação

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Alcides reclama de abandono e promete voltar à Câmara em 2014
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Alcides reclama de abandono e promete voltar à Câmara em 2014
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.12.2013, 05:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:21:00
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Vereador cassado e ex-presidente da Câmara de Apucarana, Alcides Ramos Júnior (DEM) quebra o silêncio e concede entrevista à reportagem da Tribuna do Norte. Ele se diz ter sido injustiçado no processo de cassação, inocente em outras ações que responde na Justiça e que tem passado um momento muito difícil na sua vida. Ele acredita que pode retomar o cargo de vereador em 2014.

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TRIBUNA DO NORTE – Como avalia a cassação do seu mandato de vereador pela Câmara de Apucarana?

ALCIDES – Esta cassação já vinha sendo desenhada desde início deste ano. A instalação da CPI, agora, foi apenas uma cortina de fumaça para tentarem abafar o fato de terem aumentado o número de vereadores de 11 para 19, medida que foi contra a vontade popular.

TN – Como analisa os trabalhos da CPI e a votação do relatório final?
ALCIDES – A instalação da CPI foi feita sem sorteio em plenário dos vereadores que fariam a sua composição. Como já foi dito pela defesa, houve vícios graves durante todo o processo de instalação e condução dos trabalhos.

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Durante o período não tive direito de me defender. Não apresentaram a mim os documentos necessários para fazer a defesa, o que foi feito somente depois que entrei com mandado de segurança. Quando fui intimado para depor na CPI, lá na Fecea, a intimação foi feita às 11 horas da manhã para ser ouvido às 14 horas. Não me deram prazo para se defender e nem para conversar com meus advogados. Por isso fui orientado a ficar calado.


Quanto à cassação na Câmara, veja que o relatório foi lido e em poucos minutos constituíram a Comissão Processante, que também em poucos minutos elaborou a resolução que foi colocada para votação.

TN – Então você acredita que pode reverter o processo na Justiça?
ALCIDES – Tenho absoluta convicção de que vou reverter este processo e vou assumir minha cadeira de vereador em 2014. Vou representar os quase três mil votos que os eleitores me confiaram nas urnas.

TN – O que diz sobre as denúncias de irregularidades à frente da presidência da Câmara?
ALCIDES – Não posso fechar os olhos e dizer que não cometi erros. Admito que cometi erros, sim, mas não que levassem a esta situação. Não fiz nada para roubar. Talvez eu tenha confiado em pessoas que não deveria. Me cercado de pessoas erradas.

TN – Como avalia seu trabalho como presidente da Câmara em 2011 e 2012?
ALCIDES – Quando assumi a presidência da Câmara em 2011 procurei atender às prioridades do Legislativo. Regularizei o recolhimento do FGTS dos servidores e acertamos dívidas trabalhistas. No final, ainda sobraram R$ 600 mil, que foram devolvidos ao Poder Executivo.


Em 2012, realizamos o concurso público, que era uma necessidade de há muito tempo, e em função disso tivemos que exonerar 50% dos servidores comissionados. Não houve nenhum tipo de contestação ao concurso, que teve um custo. Também foi feita a reforma do Plenário, trocamos todos os equipamentos, instalamos uma sala de computação destinada às crianças, instalamos a galeria dos presidentes e melhoramos o hall de entrada. Realizamos sessões itinerantes nos bairros, audiências públicas para debater assuntos de interesse da população e fizemos chegar até o fim as CPIs instaladas. No final de 2012, quando tive que deixar o cargo, havia R$ 700 mil em caixa para serem devolvidos ao Executivo.

TN – Como tem sido sua vida durante todo este período respondendo a ações na Justiça e na Câmara de Vereadores?
ALCIDES – Confesso que tenho vivido o pior momento da minha vida. Pior ainda foi quando estive na prisão em Londrina, longe da esposa, do meu filho e dos familiares. Hoje não tenho carro, não tenho casa, não tenho emprego. Vivo da ajuda dos poucos amigos que restauram na política e de familiares. A única coisa que ainda tenho é a minha família, que me acolhe e me dá forças para viver. Muitos amigos da política, que eu ajudei, hoje me jogam pedras. Isso me faz lembrar a frase do ex-deputado federal Ulysses Guimarães, que disse: “O dia do benefício é a véspera da ingratidão”.

TN – Qual a sua perspectiva para o futuro?
ALCIDES – O que quero é retomar a minha vida. Quero lutar até o final para provar minha inocência em tudo e acredito que a verdade virá à tona. Nossa família tem raízes em Apucarana, não somos aventureiros. Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram e continua me ajudando. Que rezaram, oraram e continuam orando por mim. Tenho fé em Deus e confiança na retomada de uma nova vida em 2014.

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