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Marina pede diálogo para superar divergências entre Rede e PSB

SÃO PAULO, SP, 28 de outubro (Folhapress) - Ao abrir hoje o encontro entre PSB e Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva pediu que os dois grupos estejam abertos ao diálogo para que consigam superar divergências. "Às vezes a gente tem o vício

Da Redação

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Marina pede diálogo para superar divergências entre Rede e PSB (Agências)
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Marina pede diálogo para superar divergências entre Rede e PSB (Agências)
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.10.2013, 14:46:00 Editado em 27.04.2020, 20:22:53
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SÃO PAULO, SP, 28 de outubro (Folhapress) - Ao abrir hoje o encontro entre PSB e Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva pediu que os dois grupos estejam abertos ao diálogo para que consigam superar divergências.

"Às vezes a gente tem o vício de escutar só o que quer. Caetano já disse: Narciso acha feio o que não é espelho, estamos aqui para achar bonito o que não é espelho. Não é possível estabelecer a troca na mesmice, só na diferença."

Ela citou como exemplo as posições de Rede e PSB sobre sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

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"Então, tudo o que o PSB disser de sustentabilidade eu consigo escutar, outras coisas eu já não escuto. Tudo que a Rede falar sobre inclusão social, o PSB escuta, quando eles falarem de ecologia, eu não escuto. É preciso disposição para escutar o outro", pediu.

Marina abriu o primeiro encontro entre os dois partidos, em São Paulo, para a construção de um programa de governo conjunto.

A ex-senadora e parte de seu grupo se filiaram ao PSB no início de outubro, depois de a Justiça Eleitoral negar o pedido de registro da Rede, partido que tentavam construir. Cerca de cem pessoas participam da discussão.

Desde a oficialização do acordo entre Campos e Marina, parte da Rede se rebelou contra a decisão da ex-ministra. Na sequência, a direção da Rede recusou convite feito pelo PSB para que dois de seus integrantes compusessem o diretório nacional socialista.

As divergências entre os partidos se acentuam em Estados em que há interesses distintos no apoio a candidaturas a governador, como São Paulo e Distrito Federal.

Campos, que falou após Marina, afirmou que os que tentam jogá-lo contra a ex-senadora e os que acham que "os militantes da Rede vão disputar na cotovelada com os do PSB estão completamente enganados".

Ele, que vinha dizendo que era necessário "ganhar 2013" na área econômica, afirmou que o ano representou a vitória da nova política.

"Nós ganhamos 2013 na medida em que muitos pensavam que 2013 iria nos aniquilar, nós viramos o jogo e ganhamos, para a boa e nova política, o ano de 2013. Esse processo vai nos permitir vencer o debate de 2014 e, mais do que isso, espero que tenhamos as condições de fazer o povo brasileiro vencer a partir de 2015."

O governador disse que também erram os que pensam a aliança com "a cabeça na política tradicional". "Se a Marina quisesse ter um partido para ser candidata, ela tinha. Se o PSB quisesse ter só uma opção [de candidatura], ele tinha", afirmou.

Programa

Cerca de cem militantes de Rede e PSB começam hoje a discutir um programa de governo conjunto para a candidatura socialista à Presidência em 2014.

O documento inicial sobre o qual os participantes debaterão é dividido em três eixos: manutenção das conquistas de governos passados, necessidade de novas práticas políticas e a promoção de um desenvolvimento sustentável.

Na abertura, Marina disse que, apesar de reconhecer as conquistas dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é preciso para de "fulanizar" os avanços do país.

"Esses ganhos não podem mais ser fulanizados. Se não forem assim pensadas, passaremos a ver essas conquistas de forma predatória, como se fosse a conquista de uma parte, quando é de todos nós", afirmou. Apesar do reconhecimento, o texto faz críticas às administrações anteriores.

Diz que "questões estratégicas, como educação, saúde, gestão pública, que demandam uma verdadeira revolução, não têm recebido resposta à altura, limitando-se à políticas isoladas, sem profundidade e sem integração em todos os níveis de governo".

Ataca também o a base do sistema político, que "permanece impregnada de práticas atrasadas, permeadas por uma persistente cultura patrimonialista", voltada para "acordos circunstanciais de ocupação de postos de poder e de alocação casuística de recursos públicos".

Participam do encontro líderes políticos do partido, como o senador Rodrigo Rollemberg (DF), os deputados Beto Albuquerque (RS) e Luiz Erundina (SP) e acadêmicos, como o economista Eduardo Giannetti, conselheiro de Marina, e a cientista social Tania Bacelar.

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