O governo lançou na quinta-feira (17), em Brasília, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que será destinado principalmente para a agricultura familiar e assentamentos da reforma agrária.
O plano, que começou a ser elaborado no ano passado, pretende ampliar a produção de alimentos orgânicos no país. Metade do crédito atende às mulheres.
A presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais da Bahia Quitéria da Silva disse que o perfil do trabalho no campo irá mudar. “Nem todas as mulheres têm a autonomia de estarem na roça. Mas hoje de 20% a 30% são as mulheres que estão na roça. Vamos chegar não só a 50, mas a 100”, diz.
Ao todo, serão R$ 8,8 bilhões. Desse total, R$ 7 bilhões vão para Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Entre as ações previstas estão a construção de oito mil cisternas para a produção orgânica e criação de bancos de sementes. As cooperativas agrícolas terão R$ 175 milhões para investir na gestão de alimentos agroecológicos. Também estão previstos R$ 262 milhões para a assistência técnica.
O plano pretende capacitar 75 mil famílias para produzir e vender alimentos sem o uso de agrotóxicos. Hoje, apenas dez mil famílias estão autorizadas a usar o selo de produto orgânico em todo o país. “Aumentar a oferta de produtos agroecológicos e orgânicos da escala de produção para aumentar a renda dos agricultores e também baratear o custo para o consumidor”, diz Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário.
Durante o lançamento do plano o governo anunciou que até o fim deste ano vai desapropriar cem novas áreas para a reforma agrária.
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