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Governo e base aliada fecham acordo para manter multa do FGTS

Em um esforço para manter em vigor a multa adicional para empregadores de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em demissões sem justa causa, o governo federal fechou um acordo com líderes da base governista que vai assegurar

Da Redação

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 Plenário da Câmara, em sessão conjunta do Congresso (Foto: Rodolfo Stuckert/Ag. Câmara)
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Plenário da Câmara, em sessão conjunta do Congresso (Foto: Rodolfo Stuckert/Ag. Câmara)
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.09.2013, 08:20:00 Editado em 27.04.2020, 20:24:41
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Em um esforço para manter em vigor a multa adicional para empregadores de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em demissões sem justa causa, o governo federal fechou um acordo com líderes da base governista que vai assegurar compensações para os trabalhadores. O tema está na pauta desta terça (17) do Congresso, quando deputados e senadores se reúnem para votar 95 vetos da presidente Dilma Rousseff.

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Em troca da manutenção do veto que deu sobrevida à multa, o Planalto se comprometeu a enviar ao Congresso, ainda nesta terça, um projeto de lei que prevê a devolução do dinheiro da multa ao trabalhador demitido sem justa causa no momento em que ele se aposentar. O dinheiro, no entanto, só ficará disponível se o trabalhador não adquirir imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida.

Atualmente, a multa rende ao governo R$ 3,2 bilhões por ano, destinados ao programa habitacional.

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A contrapartida do governo para manter o veto foi elaborada a partir de uma sugestão do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). Em reunião com Dilma no dia 9, o peemedebista sugeriu que o governo mantivesse indeterminadamente a cobrança da multa, desde que o dinheiro fosse repassado aos trabalhadores no momento da aposentadoria.

A proposta de Cunha, contudo, não previa a restrição aos empregados que tivessem recebido subsídio do programa habitacional do governo federal. A medida foi elaborada pelo Planalto.

Nesta segunda (16), líderes da base aliada se reuniram na Casa Civil para ajustar o texto do projeto, que terá apenas três artigos. A proposta determina ainda que só poderão solicitar o dinheiro da multa cobrada dos empregadores quem foi demitido a partir da data em que a lei entrar em vigor.

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Autor da proposta que deu origem ao acordo, Cunha disse ao G1 que irá orientar os 81 deputados de sua bancada a votarem contra a derrubada do veto.

"Eu vou trabalhar para manter [o veto]. Eu fiz a proposta, a tese é minha", ressaltou o líder do PMDB.

Reuniões
Na última semana, a presidente da República teve reuniões com líderes da base aliada na Câmara e no Senado para pedir que o veto ao projeto do FGTS seja mantido. Para o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), a conversa dos parlamentares com Dilma serviu para que fossem solucionadas controvérsias.

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"No Congresso nada é tão tranquilo, mas acredito que há uma compreensão [para manter veto]. [...] As controvérsias que havia foram solucionadas na reunião com Dilma", disse Dias. Segundo o líder, os outros seis projetos vetados são menos polêmicos e devem ser mantidos.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou na última quarta, após o que ela chamou de "visita de cortesia” ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vê "grandes as probabilidades" de o Congresso manter em vigor a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS nas demissões sem justa causa.

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"Pelas reuniões feitas com a presidenta e os líderes [...], estou convencida de que temos grandes probabilidades de termos no dia 17 a manutenção dos vetos", disse Ideli.

O veto à multa do FGTS estava previsto para ser votado na última sessão conjunta do Congresso Nacional, em 20 de agosto. Mas, após acordo com o governo, líderes de partidos da base governista e da oposição na Câmara e no Senado decidiram retirar o item da pauta para que houvesse mais tempo de costurar um acordo sobre o tema. Naquela sessão, foram mantidos os vetos a dispositivos do Ato Médico e do Fundo de Participação dos Estados.

Fonte: Fabiano Costa e Felipe NériDo G1, em Brasília

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