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Corpo de ex-ministro Luiz Gushiken é velado em SP

SÃO PAULO, SP, 14 de setembro (Folhapress) - O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken, 63, começou a ser velado na manhã de hoje no Cemitério do Redentor, no bairro de Sumaré (zona oeste de São Paulo). Por enquanto, o acesso é restrito aos familiares

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Publicado em 14.09.2013, 10:35:00 Editado em 27.04.2020, 20:24:46
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SÃO PAULO, SP, 14 de setembro (Folhapress) - O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken, 63, começou a ser velado na manhã de hoje no Cemitério do Redentor, no bairro de Sumaré (zona oeste de São Paulo). Por enquanto, o acesso é restrito aos familiares e amigos.

De acordo com nota divulgada pelo cemitério, o corpo do ex-ministro será sepultado às 16h de hoje. Gushiken morreu ontem, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado em estado grave por causa de um câncer.

Gushiken nasceu no município de Osvaldo Cruz (SP) em 8 de maio de 1950. Em 1970, tornou-se escriturário do Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Começou a militar na tendência Liberdade e Luta (Libelu), braço estudantil da OSI (Organização Socialista Internacionalista), de orientação trotskista.

Em 1982, tornou-se secretário-geral do sindicato e, em 1985, presidente da categoria. Nesse mesmo ano, liderou uma greve nacional de três dias que paralisou 700 mil bancários.

Em 1980, participou da fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) e, em 1983, da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Em 1986 foi eleito membro do Diretório Nacional do PT e, em novembro, foi eleito deputado federal pelo PT de São Paulo.

No final de 1986, deixou a presidência do Sindicato dos Bancários e, no ano seguinte, assumiu uma cadeira de deputado no Congresso Constituinte, que promulgou a Constituição de 1988.

Em 1989, tornou-se presidente nacional do PT e coordenou a campanha de Lula à Presidência, que terminou em segundo lugar no pleito. Deixou a presidência do partido em 1991.

Em 1992, apoiou o impeachment do presidente Fernando Collor (PRN). Reeleito deputado federal em 1994, em 1998 desistiu de disputar novo mandato para coordenar outra campanha de Lula à Presidência. Depois, montou uma empresa de consultoria para a área de previdência.

Em 2002, após a eleição de Lula, tornou-se coordenador-adjunto da equipe de transição e foi nomeado ministro da Secretaria de Comunicação de Governo.

Em 2005, foi acusado pelo ex-dirigente do Banco do Brasil Henrique Pizzolato de ter influído nas decisões de investimentos de cinco fundos de pensão ligados a estatais, que contrataram a Globalprev Consultores Associados, que pertencia a dois ex-sócios de Gushiken. Gushiken negou as acusações.

Deixou a Secretaria de Comunicação e perdeu o status de ministro, assumindo a função de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos. Em novembro de 2006, pediu demissão do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência afirmando que as acusações se transformaram em "prova de culpa".

"Os aspectos deletérios daquela crise [do mensalão] também não podem ser esquecidos. Na voragem das denúncias abalou-se um dos pilares do Estado de Direito, o da presunção de inocência, uma vez que a mera acusação foi transformada no equivalente à prova de culpa", afirmou o petista na carta.

Afastou-se da política. Em 2008, com uma crise de angina, colocou um stent no coração no Hospital Sírio-Libanês. Em 2012, foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.

Visitas no hospital

Luiz Gushiken chamou amigos para visitá-lo no hospital Sírio-Libanês. Internado em estado grave por causa do câncer, mas lúcido, ele próprio ministrava as doses de morfina para controlar a dor e decidia quando ficava acordado para conversar com os antigos companheiros.

José Genoino o visitou no dia 4 deste mês. Um dia depois, Gushiken reuniu em seu quarto José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais como o presidente da CUT, Vagner Freitas. Calmo, fez um balanço de sua vida e do PT. Segundo um dos presentes, disse que o julgamento do mensalão é uma "fase heroica" do partido, que em sua opinião estaria sofrendo um ataque sem precedentes.

De acordo com a mesma testemunha, Gushiken deu uma "lição de política e uma aula sobre a vida. Demonstrou não ter mágoa, tristeza nem remorsos". No fim da visita, emocionados, todos tiraram fotos ao lado do ex-ministro. Um cinegrafista registrou toda a cena para um documentário que está fazendo sobre Gushiken.

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