O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na última quarta-feira (21), em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que lamenta a disputa política entre dois líderes do PT em Minas Gerais, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, para serem escolhidos pela legenda como candidato a governador:
- De repente, o PT resolve fazer uma guerra interna. Essas guerras não resolvem o problema. As pessoas pensam que podem fazer guerras, insultos, provocações e, depois, botar um papel em cima. No PT, não volta à normalidade.
De acordo com Lula, Patrus e Pimentel são políticos experientes, que conhecem bem o PMDB mineiro e deveriam estar "conversando entre eles e trazer uma solução sem mágoas". O presidente elogiou o ex-governador de Minas Gerais e pré-candidato a senador Aécio Neves (PSDB), ao comentar o futuro político dele.
Os dois rivais correligionários se inscreveram no começo do mês para disputar as prévias partidárias na tentativa de definir quem será o indicado pelo PT.
Na época, o ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou que tentou chegar a um acordo.
- Eu tentei de todas as formas o acordo, mas não foi possível e tudo indica que haverá prévia no início de maio.
Já Patrus argumentou que a disputa prévia dentro do partido é democrática.
- O estatuto do PT estabelece esse mecanismo de escolha quando há mais de um postulante ao mesmo cargo e isso é democrático.
Lula disse ainda que, quando deixar o cargo, será "uma pedra no calcanhar do PT" para que o partido "coloque a reforma política como prioridade, com 365 dias por ano falando da reforma política, procurando aliado para a gente fazer." Para Lula, a adoção do fundo público para financiar as eleições, com proibição de uso de recursos privados, seria "uma chance que a gente teria para moralizar o país".
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