SÃO PAULO, SP, 1 de abril (Folhapress) - Cerca de 16 milhões de documentos produzidos durante a ditadura militar (1964-1985) que integram o acervo do Arquivo Nacional serão digitalizados e disponibilizados na internet até julho.
O anúncio foi feito hoje pelo coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, que participou, em São Paulo, da divulgação de documentos do período produzidos no Estado.
Dentre os papéis do Arquivo Nacional, há registros do SNI (Serviço Nacional de Informações), dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, da Polícia Federal, entre outros órgãos. Até agora, 15% desses documentos já foram digitalizados.
Segundo Pinheiro, os papéis trarão indícios sobre casos de repressão pesquisados pelo grupo, mas é improvável que tragam relatos oficiais sobre práticas abusivas, como torturas e assassinatos. "Deve-se estar-se atento às entrelinhas, aos cabeçalhos, às sutilezas e aos detalhes dessas fontes documentais."
Os documentos do Arquivo Nacional já são públicos, mas com a digitalização as pesquisas poderão ser feitas à distância e com o recurso de busca por palavras-chave.
São Paulo
Os arquivos paulistas disponibilizados desde hoje na internet incluem prontuários e fichas produzidos pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e pelo Departamento de Comunicação Social, que o sucedeu.
Em www.arquivo estado.sp. gov.br é possível procurar papéis por data, nome, organização ou número de registro. Estão armazenados dossiês sobre a presidente Dilma Rousseff, por exemplo. Os documentos também já eram públicos, mas só podiam ser consultados pessoalmente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.04.2013, 21:19:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:08
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