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Lindbergh enfrenta resistência do PT para ser candidato no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ, 27 de março (Folhapress) - Após a divulgação de inquérito no qual é investigado por suposta cobrança de propina quando esteve à frente da Prefeitura de Nova Iguaçu, o senador Lindbergh Farias (PT) afirmou que se tornou opositor do g

Da Redação

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Publicado em 27.03.2013, 20:42:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:19
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RIO DE JANEIRO, RJ, 27 de março (Folhapress) - Após a divulgação de inquérito no qual é investigado por suposta cobrança de propina quando esteve à frente da Prefeitura de Nova Iguaçu, o senador Lindbergh Farias (PT) afirmou que se tornou opositor do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

O desembarque da gestão peemedebista, porém, tem resistência dentro do PT.

De acordo com a revista "Época", que revelou detalhes da investigação, o material faz parte de dossiê produzido pelo PMDB do Rio contra o petista, pré-candidato ao governo do Estado.

A sigla, que defende a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), nega ter reunido os documentos. Cabral também afirmou não estar envolvido na divulgação do caso.

De acordo com a revista, os papéis mostram depoimentos de Elza Araújo, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, segundo os quais Lindbergh exigiria propina de empresas contratadas pelo município para pagar despesas pessoais dele e de parentes.

Procurada pela Folha de S.Paulo, Elza Araújo não foi localizada.

Os documentos integram inquéritos abertos em 2007 pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal do Rio enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) após a eleição do petista ao Senado --quando passou a ter foro privilegiado.

A investigação está sob segredo de Justiça, por conter a quebra de sigilo bancário do senador e de familiares.

Lindbergh nega as acusações e afirma que o Ministério Público Federal no Rio pediu que a investigação não fosse enviada ao STF por não haver indícios suficientes.

Oposição

A divulgação do suposto dossiê fez com que o senador atacasse Cabral. "Eles querem jogar todo mundo na lama", disse o senador no último fim de semana. "Eles [o PMDB] me jogaram no terreno da oposição."

Lindbergh, porém, encontra dificuldades no PT para emplacar o desembarque da gestão Cabral. No início do mês, o senador anunciou que o partido discutiria a entrega das duas secretarias que comanda no Estado (Ambiente e Assistência Social).

O debate, no entanto, sequer foi feito na Executiva Estadual. "Essa discussão nunca foi do partido", disse o presidente regional do PT, Jorge Florêncio, que defende a candidatura do senador.

O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, criticou a reação do senador.

"Em vez de ficar gastando energia tentando inverter a situação, o senador poderia responder à Justiça."

O PMDB do Rio ameaça não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff caso o PT não apoie Pezão e lance Lindbergh como candidato.

O recado foi repassado ao ex-presidente Lula em reunião com Cabral e Pezão.

Em entrevista ao "Valor Econômico", Lula disse que não vai pedir para que o senador desista de concorrer em 2014, como fez em 2010.

Mas, ao mesmo tempo, afirmou que a prioridade é o "projeto nacional", de reeleição da presidente Dilma.

"Lindbergh pode ser candidato sem causar problema", disse o ex-presidente.

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