BRASÍLIA, DF, 13 de fevereiro (Folhapress) - A primeira instância da Justiça Militar em Brasília aceitou a denúncia contra o militar acusado de ser o responsável pelo incêndio na estação brasileira na Antártica.
O incêndio ocorreu em 25 de fevereiro de 2012. Dois militares morreram. O fogo destruiu cerca de 70% da base brasileira na Antártida. O prejuízo estimado é de quase R$ 25 milhões. O sargento da Marinha responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e dano. O caso está sob sigilo.
Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, por volta das 23h30 do dia 24 de fevereiro, o sargento resolveu transferir o combustível que estava em tanques de armazenamento para dois tanques de serviço, que ficam próximos aos geradores de energia elétrica.
Ele abriu as válvulas de entrada de combustível e ligou a bomba de transferência. Como a operação demoraria cerca de 30 minutos para terminar, o primeiro-sargento dirigiu-se à sala de estar da base, onde ocorria uma confraternização de despedida de uma pesquisadora, de acordo com a denúncia.
Ele teria voltado correndo à praça de máquinas, encontrando um incêndio já de grandes proporções.
Segundo o laudo da perícia, o militar não concluiu a transferência do combustível no tempo hábil e, por isso, os tanques de serviço transbordaram e o combustível, óleo diesel, entrou em contato com partes mais quentes do gerador que estava em funcionamento, provocando o incêndio.
A pedido do Ministério Público Militar, a Justiça arquivou denúncias em relação a outros dois militares.
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.02.2013, 22:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:10
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