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Último preso de grupo, contador de Cachoeira deixa a prisão

SÃO PAULO, SP, 5 de fevereiro (Folhapress) - Apontado como o contador do grupo de Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva deixou a prisão na noite de ontem após conseguir decisão favorável do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Ele e

Da Redação

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Publicado em 05.02.2013, 19:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:33
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SÃO PAULO, SP, 5 de fevereiro (Folhapress) - Apontado como o contador do grupo de Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva deixou a prisão na noite de ontem após conseguir decisão favorável do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

Ele estava preso desde o dia 14 de janeiro, após se entregar à Polícia Federal em Anápolis.

A decisão pela liberdade de Silva ocorre após pedido de habeas corpus para que ele aguardasse em liberdade o julgamento de recursos contra a sentença que o condenou a 13 anos e quatro meses de prisão em dezembro de 2012.

O relator do pedido no tribunal, juiz Tourinho Neto, foi favorável a soltura. Silva se apresentou à PF em 14 de janeiro, o que, segundo o relator, "demonstra sua não intenção em fugir". Antes disso, ele era o único foragido da Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro de 2012 e que investigou a exploração de jogos ilegais pelo grupo de Cachoeira.

O procurador-regional da República, Franklin Costa, foi contra à concessão do pedido de habeas corpus. "Por controlar a parte financeira, [Silva] tem papel importante dentro da organização criminosa", defendeu o procurador segundo o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, responsável pela decisão. Ainda segundo o procurador, há "real possibilidade de recomposição da organização chefiada por Carlinhos Cachoeira".

Segundo a decisão, enquanto estiver solto, Silva não pode deixar o país e nem manter contato com outros envolvidos no esquema.

Denúncia

O contador é apontado pela PF como tesoureiro do esquema de Cachoeira. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, Silva era homem de confiança de Carlinhos Cachoeira, responsável pela contabilidade e pela representação legal da quadrilha. Ele controlava empresas de fachada utilizadas para efetuar e receber pagamentos.

Perícias da PF sobre sigilo bancário mostram que Silva sacou os recursos de uma conta bancária em nome de uma empresa em Brasília chamada Alberto e Pantoja Construções e Transportes Ltda. Ela não existe no endereço declarado. Essa empresa, segundo a investigação, foi criada em fevereiro de 2010 somente para receber dinheiro da empreiteira Delta.

No dia 11 de maio de 2010, a Pantoja abriu uma conta bancária na agência do banco HSBC em Anápolis (GO), cidade de Cachoeira. Onze dias depois, a Delta começou a transferir dinheiro para esta conta, conforme mostram os extratos.

Como a Folha de S.Paulo revelou, foi Silva quem sacou no ano eleitoral de 2010 R$ 8,5 milhões que saíram dos cofres da construtora Delta, empresa que detém contratos milionários com o poder público.

Condenação

Cachoeira já foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto pela Justiça do Distrito Federal e responde ainda a outro processo em Goiânia decorrente do mesmo caso, além de ter sido alvo de mais uma denúncia por parte do Ministério Público Federal.

Ele responde aos processos em liberdade desde dezembro, quando conseguiu um habeas corpus por liminar concedida por Tourinho Neto. Ontem, a 3.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região confirmou a decisão e o empresário poderá aguardar o recurso em liberdade.

A Operação Monte Carlo desarticulou um esquema de exploração de jogos ilegais na região Centro-Oeste. As investigações indicaram o envolvimento de agentes públicos e privados com Cachoeira.

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