BRASÍLIA, DF, 12 de dezembro (Folhapress) - Com um forte resfriado, o ministro Celso de Mello informou hoje que não vai comparecer à sessão do STF (Supremo Tribunal Federal), adiando a definição sobre a perda de mandato dos três deputados condenados no mensalão.
A votação está empatada em 4 a 4 e resta apenas a manifestação de Mello, que deu sinais que vai seguir o voto do presidente do tribunal e relator do caso, Joaquim Barbosa, de que essa é uma atribuição da corte, cabendo à Câmara apenas oficializar a decisão.
Votaram nessa linha Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello. O entendimento desses ministros é que a perda dos direitos políticos determina a perda do cargo público. A condenação seria incompatível com o exercício do mandato.
Para os ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, José Antonio Dias Toffoli e Cármen Lúcia a última palavra sobre a cassação é da Câmara porque se trata de um juízo político. Para essa corrente, o deputado até perderia os direitos políticos, não podendo votar ou se candidatar nas próximas eleições, mas o mandato atualmente exercido só poderia ser derrubado pelo Congresso.
A discussão tem efeito direto para os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), além de José Genoino (PT-SP), que é suplente e tem manifestado a intenção de assumir o mandato em janeiro.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.12.2012, 15:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:38
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