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Eleições de 2012 custaram R$ 395 milhões, diz TSE

Por Márcio Falcão BRASÍLIA, DF, 6 de novembro (Folhapress) - O custo do voto nas eleições municipais de outubro é o mais baixo desde 1996, quando começou a ser implementado o sistema eletrônico no país. Segundo levantamento divulgado nesta terça-feira

Da Redação

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Publicado em 06.11.2012, 15:50:00 Editado em 27.04.2020, 20:38:09
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Por Márcio Falcão

BRASÍLIA, DF, 6 de novembro (Folhapress) - O custo do voto nas eleições municipais de outubro é o mais baixo desde 1996, quando começou a ser implementado o sistema eletrônico no país.

Segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral,) a despesa total com a disputa nas 5.568 cidades foi de R$ 395,2 milhões, sendo que cada voto representou um gasto de R$ 2,81.

O valor individual do voto registrou uma queda de 27% em relação às eleições de 2010. De acordo com a presidente do TSE Cármen Lúcia, essa redução foi provocada especialmente por maior planejamento e diminuição dos gastos com questões de segurança, transporte de urnas e o sistema biométrico.

"Os tribunais regionais foram muito atentos e firmes no sentido de gastar o que era preciso. Nós enxugamos onde pode. Quanto mais se informatiza a tendência é baixar", disse após se reunir com os presidentes dos tribunais regionais em Brasília para um balanço do pleito. "É dinheiro público gasto com o essencial, que é a democracia", completou.

Nas eleições, 401 municípios precisaram de reforço das Forças Armadas no primeiro turno e dois no segundo turno. Isso gerou custo de R$ 24,2 milhões aos cofres públicos, 42% a menos no que foi gasto nas eleições de 2008.

Abstenção

De acordo com os números, no primeiro turno, compareceram 115.807.514 eleitores, ou 84,59% do eleitorado. Foram eleitos 5.518 prefeitos e 57.424 vereadores. No segundo turno, foram às urnas 25.661.378 eleitores, 80,88% do total esperado, para a eleição de 50 prefeitos.

A presidente do TSE avaliou como "prematura" a relação entre o aumento da abstenção e a falta de recadastramento do eleitorado. Ela considera que outros fatores, como feriados prolongados e o horário de verão, como influência nesse índice.

"Acho que seria prematuro ter um dado [com relação entre abstenção e recadastramento]. Agora, é preciso analisar porque em alguns estados o índice foi maior do que em outro. No segundo turno tem a questão do fuso horário, houve em alguns Estados a comemoração do dia do servidor na sexta ou segunda, o que impõe que alguns viagem e não voltem para votar", afirmou.

A ministra disse que vai avaliar os números para definir uma ação para mostrar a importância do voto. "É preciso avaliar todos os dados para a gente saber quais são os critérios que nos levam a tentar entender porque um cidadão brasileiro não quis votar e o que podemos fazer a convidá-lo a exercer esse direito".

Nas capitais nas quais o TSE fez o recadastramento de eleitores tiveram, em média, o maior percentual de abstenção nas eleições deste ano.

Levantamento da reportagem constatou que esse cenário se repetiu tanto no primeiro quanto no segundo turno.

Na primeira rodada da disputa municipal, a média dos eleitores faltosos que moram em Curitiba, Maceió, Aracaju, Porto Velho e Goiânia, que passaram pelo recadastramento, foi de 9,9%.

Nas demais capitais, a média dos faltosos foi de 17,4%. As taxas variaram de 14,6% (Manaus) a 19,9% (Salvador).

No segundo turno, a média de abstenção em Curitiba e Porto Velho, que tiveram recadastramento, atingiu 11,98% -abaixo da média de 19,32% de abstenção das outras 15 capitais em que não houve recadastramento.

Recursos

Cármen Lúcia disse que o tribunal ainda tem 2.000 recursos contra candidaturas para serem julgados. A expectativa é que sejam analisados até a diplomação, que está marcada para 19 de dezembro. "Se tiver algum caso de delonga, vamos cuidar caso a caso", afirmou.

Durante as eleições foram apresentados ao TSE 8.667 recursos e já foram julgados cerca de 6.500 mil processos.

Americanos

Cármen Lúcia evitou fazer comparações sobre as eleições nos Estados Unidos, que terminam hoje, e a brasileira. A ministra, no entanto, disse que o modelo brasileiro é exemplo e motivo de atenção em todo mundo.

"Cada povo escolhe [o sistema de votação], é o respeito a diferença de procedimentos adotados. Da nossa parte, um dado que possam achar impressionante é que no primeiro turno, nós tivemos 197 milhões de acesso ao nosso site partindo de 167 países", disse. "Isso significa que a eleição brasileira, o nosso modelo, a nossa formulação, é observado por todos os lugares do planeta e temos um bom resultado", completou.

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