Por Valmar Hupsel Filho
SÃO PAULO, SP, 31 de outubro (Folhapress) - Condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, o ex-deputado Romeu Queiroz (ex-PTB, hoje PSB) retornou hoje ao Brasil, depois de sete dias de viagem na ilha de Curaçao, no Caribe.
Ele disse que nunca cogitou a possibilidade de fuga para o exterior. Queiroz viajou na mesma semana em que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, requisitou a retenção dos passaportes dos condenados no caso do mensalão.
"Já estou de volta. Achou que eu estava fugindo?", perguntou Queiroz.
A viagem dele e da mulher estava marcada desde setembro, quando o casal ganhou as passagens dos filhos como presente de 40 anos de casamento, afirma. "Não antecipei o retorno, estava marcado para hoje mesmo", disse. O ex-deputado disse não ver problema em entregar à Justiça o passaporte, renovado há 15 dias.
Disse que aguarda com serenidade a definição de sua pena e refuta a possibilidade de prisão.
Segundo Queiroz (hoje suplente de deputado), houve "dois pesos e duas medidas" no julgamento do chamado núcleo político do mensalão.
"Alguns parlamentares foram condenados e cinco ou seis do PT foram absolvidos."
Sobre a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, Queiroz diz que jamais se reuniu com José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino ou Marcos Valério.
"Agi como presidente do diretório mineiro do PTB e não como pessoa física. Ninguém ofereceu dinheiro ao deputado Romeu", disse.
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2012, 19:43:00 Editado em 27.04.2020, 20:38:21
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