Por José Ernesto Credendio
SÃO PAULO, SP, 8 de setembro (Folhapress) - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, criticou hoje a menção feita no programa de TV do adversário José Serra (PSDB) ao mensalão, maior escândalo do governo Lula, de quem foi ministro da Educação.
Ao lado da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy (PT), Haddad participou de uma carreata na zona sul de São Paulo.
"Quem não tem projeto faz esse tipo de coisa. O mínimo que se esperava é que uma administração que tem 80% de desaprovação teria que partir para esse expediente. O debate ético me interessa", declarou.
O candidato, porém, não quis comentar a declaração do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de que setores "conservadores" da sociedade, com auxílio do Judiciário, fazem do mensalão um "golpe" contra o partido.
Haddad prometeu fortes investimentos no sistema viário e de transporte urbano, para reduzir o tempo de viagem entre os moradores da zona sul e o centro da cidade, e construir um hospital em Parelheiros.
O candidato do PT também atacou o anúncio, feito ontem pelo prefeito de Gilberto Kassab (PSD), da liberação de R$ 3,3 bilhões para urbanizar 118 favelas.
"Isso costuma acontecer 20 dias antes da eleição, não tem o menor cabimento, sabemos que é até um desrespeito. Não é um foguetório que vai mudar a realidade das pessoas do dia para a noite", disse Haddad.
Ele ainda comentou o uso de estrutura de igrejas evangélicas pela campanha do adversário Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas. "É inconstitucional o uso do espaço público para partidarização."
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.09.2012, 14:52:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:43
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