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Em campanha por Haddad, Erundina se recusa a citar Maluf

Por Fábio Mazzitelli SÃO PAULO, SP, 1 de setembro (Folhapress) - Como prometeu ao declinar de ser candidata a vice de Fernando Haddad (PT), no final de junho, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) saiu às ruas para pedir votos ao candidato petista à

Da Redação

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Publicado em 01.09.2012, 11:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:59
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Por Fábio Mazzitelli

SÃO PAULO, SP, 1 de setembro (Folhapress) - Como prometeu ao declinar de ser candidata a vice de Fernando Haddad (PT), no final de junho, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) saiu às ruas para pedir votos ao candidato petista à Prefeitura de São Paulo, mas ainda tenta driblar sombras do episódio que a fez desistir de compor a chapa.

Em evento de campanha com militantes do PT, em Sapopemba, zona leste, no domingo passado, Erundina, 77, recusou-se a dizer o nome de Paulo Maluf e excluiu o PP (Partido Progressista) de sua fala ao exaltar a história das legendas que compõem a chapa encabeçada por Haddad e pedir votos apenas para PT, PSB e PC do B. "Desse [Maluf] não falo nem o nome. Onde ele estiver, estarei do outro lado", disse aos militantes petistas, durante o discurso. "Haddad é a melhor opção, senão a única que temos nesta eleição", afirmou, inflamada, nos fundos de uma igreja católica, em pequeno palanque montado sob sol de meio-dia.

Erundina deixou o posto de candidata a vice de Haddad após o candidato do PT e o ex-presidente Lula posarem para fotos no jardim da casa do deputado federal Maluf, a quem a ex-prefeita sempre fez oposição ferrenha.

Na tarde de amanhã, Erundina é esperada na sede da Associação de Moradores da Zona Norte, no Jaçanã, para novo corpo a corpo eleitoral. Este é o terceiro final de semana seguido que a ex-prefeita participa de encontros da campanha do PT na periferia paulistana.

No último dia 25, em encontro do PSB na região central, a deputada disse a militantes de seu partido que desistiu por "coerência" com sua história política, mas classificou o rompimento como "traumático", afirmando ter pago um "preço alto" por ter desistido.

"Compreendo que foi incômodo, desagradável, um problema, mas acima disso não ajudaria se tivesse permanecido na chapa com essas críticas que fiz, com esse desconforto que me deixou aquele episódio. Ia ficar me defendendo, me explicando, e isso não ajuda. Hoje faço a campanha com absoluta liberdade, como você está vendo", afirmou Erundina.

Nos dois eventos do final de semana passado, Erundina fez críticas à imprensa por estimular "fofocas" e tentar colocá-la contra a candidatura Haddad. À Folha de S. Paulo, comparou o rompimento a uma briga de família e disse querer deixar o assunto para trás em nome de sua "afinidade" com as raízes petistas. "Estou querendo ver se a gente diz "este capítulo já passou", estamos em outro momento", afirma.

No evento petista, um militante do partido perguntou por que ela não aparece no programa de Haddad na TV ou numa caminhada do candidato para acabar com as tais "fofocas da imprensa". "Se for preciso, eu vou", respondeu ao militante.

"Ninguém me colocou [para aparecer na TV]. Na hora que for necessário, vou estar à disposição", disse. "Já entrei na campanha [de Fernando Haddad], talvez mais que muita gente."

Mensalão

No encontro do PSB, ao fazer um painel da história sobre seus princípios políticos, suas ideias e sua gestão como prefeita (1989-1992) de São Paulo, Erundina citou o mensalão petista como exemplo da necessidade de haver financiamento público de campanhas eleitorais.

Quatro dias antes de o STF chegar à maioria de votos para condenar o ex-deputado federal do PT João Paulo Cunha, ela criticou a tese de caixa dois sustentada por réus petistas no processo em julgamento no Supremo.

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