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Senado decide hoje se cassa Demóstenes por elo com Cachoeira

O plenário do Senado votará nesta quarta-feira, às 10h, a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O segundo mandato consecutivo do político goiano, acusado de ser o braço político do grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, será submetido

Da Redação

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Senado decide hoje se cassa Demóstenes por elo com Cachoeira
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Publicado em 11.07.2012, 08:34:00 Editado em 27.04.2020, 20:42:23
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O plenário do Senado votará nesta quarta-feira, às 10h, a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O segundo mandato consecutivo do político goiano, acusado de ser o braço político do grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, será submetido a votação - ainda na modalidade secreta - dos outros membros da Casa. São necessários 41 votos (metade dos senadores mais um) para a medida ser aprovada.

Reeleito em 2010 para a 54ª e 55ª legislaturas, Demóstenes tem mandato válido até janeiro de 2019. Se os colegas decidirem por sua cassação, o senador ficará inelegível por oito anos, a contar a partir do fim do mandato para o qual havia sido eleito, conforme a Lei da Ficha Limpa. Assim, ele só poderia se candidatar a partir de fevereiro de 2027.

Demóstenes, então líder do DEM, foi parar no foco das investigações sobre Carlinhos Cachoeira com a divulgação de escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que prendeu o bicheiro no final de fevereiro. Nas gravações, o senador teria pedido dinheiro emprestado ao contraventor e vazado informações sobre reuniões reservadas com representantes dos três Poderes. Em um primeiro momento, o goiano afirmou que as escutas não haviam obedecido a critérios legais, já que possui foro privilegiado. Depois, reclamou de montagens nos registros e vazamentos das informações.

Após pedir desfiliação do DEM ao ver a sigla abrir processo para expulsá-lo, Demóstenes foi parar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por representação do Psol, enquanto o Congresso abria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para investigar a relação de Cachoeira com autoridades e empresas. Ao conselho, o senador disse desconhecer os negócios ilícitos do amigo e se disse traído, mas admitiu que o bicheiro pagava a conta de um aparelho Nextel que usava. Na ida à CPI, ele usou o direito constitucional de ficar calado.

Depois de o advogado do senador alegar cerceamento da defesa e ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar a votação do Conselho de Ética, o colegiado aprovou, por unanimidade, o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), que recomendou a perda do mandato de Demóstenes. Enviada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para análise dos aspectos constitucional, legal e jurídico, a proposta também foi aprovada por unanimidade e liberada para ir a votação no plenário.

Se a cassação de Demóstenes for aprovada, quem assume a vaga é o empresário Wilder Pedro de Morais (DEM), secretário de Infraestrutura de Goiás. Dono de uma construtora, Morais é ex-marido de Andressa Mendonça, a atual mulher de Carlinhos Cachoeira.

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