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Citado em gravações da PF, Agnelo reúne base aliada para cobrar apoio

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, reuniu na manhã desta quinta-feira (12) os deputados da base aliada para cobrar apoio político, depois que gravações da Polícia Federal apontaram a suposta ligação dele com o bicheiro Carlinhos Cachoeir

Da Redação

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Citado em gravações da PF, Agnelo reúne base aliada para cobrar apoio
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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2012, 15:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:43:11
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O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, reuniu na manhã desta quinta-feira (12) os deputados da base aliada para cobrar apoio político, depois que gravações da Polícia Federal apontaram a suposta ligação dele com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A reunião foi acompanhada pelo vice-governador, Tadeu Fillipeli.

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Agnelo teve seu nome citado em conversas gravadas em abril do ano passado (veja vídeo). As gravações fazem parte da Operação Monte Carlo, que investiga a atuação de Carlos Cachoeira, suspeito de explorar jogos de azar e subornar políticos para ter proteção e receber benefícios de governos. Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em 29 de fevereiro. Agnelo nega ligação com o grupo.

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Segundo o porta-voz do governo, Ugo Braga, a reunião na residência oficial de Águas Claras reuniu 19 dos 24 deputados distritais. Os deputados redigiram um documento de apoio a Agnelo. "O governador afirmou que desconhece as denúncias e não tem relação com Cachoeira."

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Braga disse que a Secretaria de Transparência enviou à Polícia Federal ofício solicitando todo mo material que envolve o DF nas investigações. O governador vai pedir ao ministro da Justiça que dê celeridade nesse procedimento", afirmou.

O porta-voz disse ainda que a secretaria abriu uma auditoria e um processo disciplinar para investigar todos os servidores citados nas denúncias.

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O deputado Chico Vigilante (PT) disse que a crise envolvendo Agnelo é uma armação política. "Essa não é uma crise do DF, essa é uma crise do DEM de Goiás. Esse baile não é nosso. Não temos porque dançar esse tango", afirmou, ao deixar a reunião.

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A declaração de Vigilante foi uma referência à ligação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com Cachoeira. A Comissão de Ética do Senado abriu processo para verificar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode levar o senador à perda do mandato.

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“O governador quis reunir toda a bancada para esclarecer os pontos que estão sendo apontados pela imprensa. Foi uma conversa franca. Brasília não pode parar. É preciso trabalhar”, disse o deputado Benedito Domingos (PP), ao deixar o encontro.

Depois da reunião com os deputados, Agnelo se reuniu com os presidentes dos partidos da coligação que integra a base aliada e o governo para também pedir apoio.

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Gravações

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Nos diálogos gravados pela PF com autorização judicial são citados os nomes de Marcello Lopes, ex-assessor de Agnelo, João Monteiro, ex-diretor do Serviço de Limpeza Urbana de Brasília (SLU), exonerado na semana passada, Rafael, que seria Rafael Barbosa, secretário de Saúde do governo do DF, e Cláudio, supostamente Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, empresa com contratos na área de coleta de lixo no DF.

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Marcello Lopes disse que o nome dele está sendo usado para atingir o governador. O advogado de Lopes, Jorge Amarante, informou que a relação do seu cliente com Carlinhos Cachoeira não envolvia negócios com o governo.

"Ele teve contato com Carlos Cachoeira duas vezes, só por telefone, e a respeito de questões de índole pessoal, de contratos de índole particular e antes dele ser assessor de governo", disse Amarante.

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O secretário de saúde, Rafael Barbosa, afirmou que nunca se reuniu com João Monteiro e não conhece Carlinhos Cachoeira. Afirmou ainda que é secretário de Saúde, pasta que não tem nada a ver com lixo.

Em nota, João Monteiro repudiou a vinculação de seu nome aos fatos em apuração e colocou seus sigilos telefônico, bancário e fiscal à disposição.

A Construtora Delta, responsável por dois terços do serviço de limpeza urbana em Brasília, declarou não ter qualquer relação imprópria com João Monteiro e afirmou que afastou Claudio Abreu por causa das ligações com Cachoeira.

A crise já provocou a queda do chefe de gabinete de Agnelo e presidente do comitê da Copa de 2014 no DF, Claudio Monteiro. O nome dele foi citado em gravações como beneficiário de uma mesada de R$ 5 mil, além de um pagamento de R$ 20 mil, para indicar nome supostamente de interessa da Delta na direção do SLU.

Monteiro disse que vai processar a Polícia Federal e as pessoas que citam o nome dele na gravação da PF. Ele pôs os sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição. A Delta nega o pagamento de mesada ao ex-chefe de gabinete de Agnelo.

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