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Logitrans tira dúvidas sobre transporte coletivo

A licitação para contratar a empresa que vai ser responsável pelo transporte coletivo em Apucarana nos próximos vinte anos foi tema de mais uma reunião na Câmara. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (20), quando Garrone Reck, diretor da Log

Da Redação

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 Logitrans tira dúvidas sobre transporte coletivo
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Logitrans tira dúvidas sobre transporte coletivo
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.09.2011, 07:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:44:53
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A licitação para contratar a empresa que vai ser responsável pelo transporte coletivo em Apucarana nos próximos vinte anos foi tema de mais uma reunião na Câmara. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (20), quando Garrone Reck, diretor da Logitrans, empresa contratada pela Prefeitura para fazer o estudo técnico que vai embasar o edital da licitação, apresentou detalhes do documento e respondeu a várias perguntas formuladas pelos vereadores.

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Também participaram o diretor de Trânsito da Prefeitura, José Luiz Alves Miguel, o promotor de Justiça Eduardo Cabrini e o representante do Observatório Social, Júnior Serea. “Não há muito o que inventar em Apucarana. A nova rede de serviços é a atual melhorada. Porém, o correto é que todo o planejamento passe por uma revisão a cada cinco anos”, afirmou Garrone, que é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em Engenharia de Transporte.

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Para ele, as inovações para Apucarana devem sempre levar em consideração que se trata de uma cidade de porte médio, com pouco mais de 120 mil habitantes. “A lei só exige um Plano Diretor para o transporte coletivo para as cidades com mais de 200 mil habitantes”, disse Garrone. Ele desaconselhou a implantação de miniterminais nos bairros, uma das sugestões do vereador Aldivino Marques, o “Val” (PSC), de quem partiu inclusive a idéia da reunião. Segundo o engenheiro, a primeira preocupação deve ser a demanda e a espacialidade.

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“Nosso estudo identificou que há a necessidade de veículos menores para garantir mais freqüência. Sabemos que no Brasil inteiro há reservas quanto aos microônibus. Curitiba tem ônibus biarticulado para 250 passageiros, mas isso em função de uma demanda de 10 mil passageiros por hora. Apucarana tem 20 mil passageiros por dia e, se levarmos em conta que é gente que vai e volta, são 10 a 12 mil usuários cotidianos da cidade. Equivale a menos de 10% da população do município”, acrescentou.


Garrone citou o caso de municípios que implantaram miniterminais nos bairros e precisaram recuar. Exemplo, segundo ele, ocorreu em São José do Rio Preto, cidade com cerca de 350 mil habitantes no interior paulista. “Apucarana ainda não tem demanda para esse modelo. Aqui, pelas características da cidade, o principal destino das pessoas é bairro/centro”, assinala. Para o engenheiro, algumas regiões podem ter um ponto de interesse comum, mesmo assim não há necessidade de um miniterminal, pois o cartão de embarque permitirá transferências de um veículo a outro. “Um ponto de ônibus melhorado pode resolver a questão”, assinalou.

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Os vereadores mostraram preocupação quanto ao processo de licitação. O presidente da Câmara, Alcides Ramos (DEM), questionou, por exemplo, se a exigência de que a empresa concorrente tenha garagem no município não restringe a participação. Garrone e José Luiz informaram que a empresa não precisa ter a posse do terreno onde será a garagem, mas uma carta do proprietário do imóvel garantindo que, caso ela seja vitoriosa, tem interesse em fazer a locação. Luiz Brentan (PSDB), Telma Reis (PMDB), Carmelo Ribeiro (PR) e Júnior Serea questionaram a qualidade dos serviços, falta de pontos de ônibus mais adequados e mais rigor nos horários.

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Garrone desaconselhou os pontos de ônibus em formato de bonés. “Sei que o boné é símbolo da economia local, mas o formato não serve para ponto de ônibus”, afirmou. Lucimar Scarpelini (PP) sugeriu que empresas possam patrocinar pontos de ônibus, explorando espaço publicitário, idéia que foi amplamente aceita. Quanto à qualidade dos serviços e à pontualidade, Garrone lembrou que hoje, sem licitação e sem um contrato prevendo direitos e deveres, fica difícil fiscalizar e cobrar.


O vereador Val considerou que a reunião foi produtiva. “A Logitrans e a própria Prefeitura tiraram várias dúvidas e certamente vários pedidos apresentados pelos vereadores serão levados em conta na hora de se redigir o edital. O estudo realizado pela Logitrans custou R$ 140 mil aos cofres do município. Temos o direito e a obrigação de conhecê-lo a fundo e ver no que ele de fato vai melhorar o transporte em Apucarana”, finaliza Val.

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