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Dilma defende verba para saúde, mas se diz contra CPMF 'como era'

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista para emissoras de rádio de Minas Gerais, que o Brasil vai precisar de mais investimentos na área de saúde. A presidente não comentou a possibilidade de criação de um novo imposto para financiar o setor.

Da Redação

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 Presidente Dilma no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, na manhã desta quinta (1º), ao entrar em aeronave para se deslocar para evento em usina
Icone Camera Foto por Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com
Presidente Dilma no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, na manhã desta quinta (1º), ao entrar em aeronave para se deslocar para evento em usina
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.09.2011, 20:35:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:04
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A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista para emissoras de rádio de Minas Gerais, que o Brasil vai precisar de mais investimentos na área de saúde. A presidente não comentou a possibilidade de criação de um novo imposto para financiar o setor. Na última quarta, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que Dilma ainda não tem posição definida sobre a proposta de criação de um novo imposto, mas apontou isso como uma alternativa.

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Nesta semana, a presidente afirmou que, caso o Congresso aprove mais gastos para a saúde, precisa dizer de onde sairá o dinheiro. Segundo ela, isso seria um "presente de grego".

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A discussão sobre a criação de um novo imposto para financiar a saúde foi retomada por conta da Emenda 29, que fixa percentuais que devem ser investidos pela União, estados e municípios. O Congresso deve votar o tema no dia 28 de setembro.

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Dilma Rousseff afirmou que "tem procurado reduzir impostos", que é contra a antiga CPMF por conta da forma com que os recursos eram utilizados, mas disse que é "demagogia" dizer que a saúde pode melhorar sem novos investimentos.

Ao ser perguntada sobre um eventual novo imposto para financiar a saúde, nos moldes da extinta CPMF, o imposto do cheque criado para destinar recursos para a saúde, a presidente respondeu:

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"Eu acho errado a CPMF porque destinaram para a saúde? Não. Por que o povo tem bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a saúde, foi um erro. A saúde não vai melhorar se não fizermos investimentos, e tem que dizer de onde sai. Para o Brasil virar país desenvolvido, temos que dizer a verdade para o povo. Eu acho que a saúde precisa de mais dinheiro", disse.

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"Não sou a favor da CPMF como era porque a destinação foi desviada. Mas que o Brasil precisa, entre esse fato e dizer que não precisa, está errado. Vai precisar sim", completou Dilma.

A presidente afirmou, porém, que tem reduzido impostos em seu governo e citou ações como o Supersimples.

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"Eu sou uma pessoa que tem procurado reduzir impostos (...). A redução de impostos faz o Brasil crescer. Agora, o Brasil tem um sistema de saúde que é universal, gratuito e tem que ser de qualidade, que é o que nós queremos. Nenhum país do mundo resolveu essa equação sem investir muito em saúde. Quem falar que resolve sem dinheiro é demagogo, mente para o povo. A nossa saúde, ela gasta dinheiro e você vai necessitar cada vez mais recursos para colocar na saúde."

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A presidente disse também que, especificamente sobre a Emenda 29, o governo "não tem nenhum problema". "Estamos cumprindo à risca [os percentuais de investimento na área]."

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Taxa de juros
A presidente disse acreditar que a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros básica da economia, a Selic, para 12% ao ano esteja relacionada à avaliação da conjuntura internacional.

"O governo federal, desde o governo do presidente Lula, aliás, antes do governo de Lula, optou por uma relação entre o governo e o Banco Central de autonomia. Então, nós olhamos e interpretamos também esses movimentos. Eu acredito que a situação internacional, ela mudou o sentido do que estava acontecendo", afirmou.

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Ela disse ainda crer que os movimentos de alta ou baixa dependerão do cenário externo. "Eu acredito que o que ocorrerá é que, dependendo da conjuntura internacional, teremos aumento ou diminuição [da taxa de juros]. Não dá para saber de forma antecipada, prever. O fato é que o governo federal, em relação à taxa de juros, ninguém sabe o que vai acontecer. Se crise intensificar, é um cenário. Se banco quebrar, é outro. Se houver restrição de crédito, é outro cenário. (...) O Copom responde pelo Copom. Eu respondo pelo governo."

Segundo a presidente, para enfrentar a crise, o governo vai continuar investindo e gerando emprego, sem reduzir investimentos na área social.

"O governo tem que dar exemplo de austeridade no que não se referir em investimento no social. Por isso, fizemos o superávit aumentar em R$ 10 bilhões. Acho que abre-se uma oportunidade com essa crise, que não vai durar um ano como a outra ou meses. Tem tendência a ser crise de longa duração, de dois anos."

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