O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), saiu em defesa nesta quinta-feira do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e afirmou que o colega de governo não pode ser julgado apenas pelas "declarações infelizes" que tem proferido nos últimos dias. Além de ter anunciado ter votado no tucano José Serra na corrida presidencial do ano passado, o chefe da Defesa disse que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é "muito fraquinha" e que a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "sequer conhece Brasília".
"Jobim é uma pessoa espontânea e foi mais a espontaneidade que o levou a fazer um comentário com a guarda baixa. Todos estamos sujeitos a fazer comentários fora do desvio-padrão. Uma figura política com a história que tem o Jobim não pode ser julgado apenas por umas frases, ainda que essas frases nos atinjam", disse o líder, que, embora não tivesse confirmado a eventual demissão de Jobim, afirmou que o PT não pretende reivindicar o controle da pasta.
"Jobim é uma pessoa responsável e fez um excelente trabalho. Quem a presidente escolher vai continuar o trabalho. São declarações infelizes, mas quero separar as declarações do homem público do trabalho que ele fez. Ele tem serviços prestados ao País relevantes e não pode ser julgado pelas declarações. Como membro do diretório do PT, acho que o PT não deve pleitear cargo nenhum, e quem ela (Dilma) escolher, o PT vai apoiar", declarou.
Por meio de sua assessoria, Nelson Jobim negou que tenha criticado a ministra Ideli Salvatti em entrevista à revista Piauí . Ele classificou as informações divulgadas hoje na imprensa como "parte de um jogo de intrigas" e uma tentativa de desestabilizá-lo.
Segundo informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo , em entrevista a ser veiculada a partir desta sexta pela Piauí, o ministro classificou a coordenadora política do governo como "bem fraquinha".
"Em momento algum, fiz referência a ela (Ideli) dessa natureza", disse Jobim. O ministro, segundo a assessoria, afirmou que tem auxiliado Ideli Salvatti nas articulações no Senado para aprovar o projeto de lei em tramitação que trata do acesso a informações públicas. De acordo com a pasta, ele elogiou a ministra e também negou ter feito qualquer comentário depreciativo em relação a outros membros do governo
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