A primeira companhia a receber o "Selo de Inovação Tecpar", iniciativa do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para apoiar a inovação no Estado, foi a empresa de tecnologia Allk, que desenvolveu uma caixa esterilizadora doméstica.
Chamado de UV Box, o dispositivo utiliza a luz ultravioleta para eliminar bactérias e vírus de objetos – inclusive o coronavírus, segundo a empresa. A tecnologia recebeu o "Selo Protótipo Inovador".
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que a Agência de Inovação do instituto desenvolveu a metodologia para apoiar empresários que buscam inovar. "A Agência de Inovação do Tecpar verificou a demanda de empresas e empreendedores para analisar, validar ou melhorar projetos inovadores. O selo é uma ferramenta de avaliação que impulsiona novas ideias dentro do ecossistema de inovação do Paraná", afirma.
O diretor da Allk, Aleksandro Montanha, conta que o produto foi desenvolvido há cerca de quatro meses, com base no protocolo de Nebraska (EUA), que indica todos os critérios para descontaminação. Segundo o empresário, o Tecpar foi acionado para avaliar o produto já concluído, devido à capacidade técnica do instituto – do qual já é cliente há quatro anos.
“Quem trabalha com inovação muitas vezes desenvolve algo completamente novo que não tem um protocolo ou uma convenção de aplicação. Por isso, criamos um dispositivo e um sistema de segurança e levamos para que o Tecpar avaliasse. Assim, a confiança que transferimos para a sociedade é que o produto foi analisado para ser colocado no mercado, com os requisitos mínimos de segurança e efetividade”, ressalta Montanha.
Segundo o gerente da Agência de Inovação do Tecpar, Rogério Moreira de Oliveira, os clientes buscam obter o Selo porque querem avaliar seu produto ou conceito e ter um diferencial de mercado. "A presença do Selo de Inovação pode reduzir o risco de insucesso de um projeto, porque é uma garantia adicional para o investidor, uma vez que aquela proposta já foi avaliada por especialistas", explica.
Para o empresário, o Selo de Inovação agrega confiança ao produto, assegurando que ele passou por um crivo técnico. “Recebemos o parecer técnico e o nosso produto está pronto para ser lançado no mercado”, diz Montanha.
NÍVEIS DO SELO – Cada proposta ou produto é classificada em um dos três níveis do Selo de Inovação: Conceito Inovador, Protótipo Inovador ou Produto Inovador.
Inventores que já criaram o conceito de sua invenção podem pleitear o “Selo Conceito Inovador”. É o caso do empreendedor que, embora ainda não tenha um produto ou protótipo, já tem uma ideia de uma solução ou de como aquilo deve funcionar.
Os especialistas do Tecpar vão analisar se o conceito é inovador ou se tem potencial inovador. A ideia é pontuada por uma métrica de avaliação e recebe uma nota de inovatividade.
O segundo nível é o “Selo Protótipo Inovador”. Neste caso, o empreendedor já tem um protótipo de produto, ou seja, uma ideia já materializada. Não precisa ser um produto acabado, mas que demonstre, minimamente, o funcionamento do seu conceito. A avaliação do selo é feita de uma maneira mais precisa, já que é possível observar as condições de funcionamento do protótipo.
O “Selo Produto Inovador” é o terceiro nível, destinado às empresas que já têm o seu produto pronto, estão produzindo e vendendo. São empresários que têm a intenção de avaliar se o seu produto tem ou não um apelo inovador, para usar esse resultado como potencial de marketing.
AGÊNCIA DE INOVAÇÃO – Para pleitear o selo, o empresário ou empreendedor precisa entrar em contato com a Agência de Inovação do Tecpar, o que pode ser feito pelo e-mail sac@tecpar.br. Então os especialistas do instituto irão explicar como o procedimento será realizado. A metodologia é composta por seis aspectos, que são analisados e pontuados, dentro de dois grupos distintos: da viabilidade e da inovatividade.
Saiba mais sobre o Selo de Inovação no site tecpar.br/Pagina/Selo-Tecpar-de-Inovacao
Deixe seu comentário sobre: "Tecpar concede 1.º Selo de Inovação a projeto antivírus"