Após a divulgação de imagens de um caso em que um homem em uma motocicleta importunou uma mulher que corria em uma rua da cidade de Maringá à noite, novas denúncias foram feitas e a polícia conseguiu identificar o suspeito. Ele agora é investigado por importunar sexualmente pelo menos cinco mulheres em Maringá.
De acordo com a polícia, após a divulgação do primeiro caso, duas mulheres buscaram a polícia denunciando circunstâncias parecidas e os investigadores identificaram outros dois casos anteriores com registro de boletins de ocorrência com as mesmas características.
O homem foi reconhecido porque em um dos casos, a vítima, que estava em uma bicicleta, e o suspeito caíram após a importunação, e a mulher pode identificá-lo.
A Polícia Civil encontrou a motocicleta e chegou até o suspeito, que era irmão do dono do veículo.
De acordo com a polícia, o homem confessou que cometeu os crimes, mas foi liberado porque não houve flagrante. A polícia informou ainda que pediu a prisão preventiva dele à Justiça. Além do crime de importunação sexual, o suspeito será investigado por lesão corporal.
A defesa do suspeito informou que nenhuma acusação ficou comprovada e que vai demonstrar que há divergência nos fatos.
ENTENDA O CASO
Uma mulher foi assediada enquanto praticava corrida de rua em Maringá. O caso aconteceu no início de outubro deste ano. A vítima praticava corrida de rua no Jardim Alvorada quando um motociclista se aproximou e passou a mão no corpo dela. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime de importunação sexual. Assista clicando no link.
A vítima conversou com a reportagem, mas preferiu não se identificar. O grupo de corrida que ela integra pratica o exercício três vezes por semana na região, no período de início da noite. No momento da importunação sexual, ela estava sozinha.
Segundo ela, foi um momento de horror e a primeira reação foi gritar. “Costumo fazer treino de corrida de rua com um grupo toda terça e quinta no Jardim Alvorada e nunca tinha ouvido falar de nenhum caso parecido por ali. No momento em que o motoqueiro me atacou eu estava sozinha, porque a gente não corre o tempo inteiro juntos, muitas vezes nos afastamos um pouquinho, mas o grupo está sempre por perto. Eu estava rápido até e como ando muito atenta com os carros, percebi que tinha uma luz se aproximando muito perto, mas foi muito rápido. Percebi a luz e imediatamente já senti a mão do motoqueiro na minha nádega, me apalpando. É tão absurda a situação que o cérebro parece que não pensa em nada e a minha reação foi gritar. Foi um horror muito grande, eu gritei muito, xinguei ele e ele fugiu, foi para outro lado”, detalha.
A mulher registrou um boletim de ocorrência e fez um exame médico, porque também foi atingida pela moto e sofreu uma lesão no braço. “No dia seguinte fui na Delegacia da Mulher, fiz o boletim de ocorrência. Me orientaram a fazer uma consulta médica porque a moto havia batido no meu braço direito. Quando ele se aproximou o guidão bateu. Na hora eu nem percebi, porque foi um horror tão grande que eu só senti que meu braço estava doendo no dia seguinte, estava com hematoma. E antes de ir na delegacia eu voltei ao local do crime, procurei as câmeras de segurança das casas ao redor e por sorte uma das casas tinha uma câmera com boa visualização noturna, porque a iluminação pública também é uma questão, não estava muito iluminado o local”, relata.
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