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Sesa alerta para necessidade de reforçar a vacinação contra a Covid-19

O Paraná registrou uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no intervalo de um ano

Da Redação

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Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 2.742.740 casos confirmados e 45.209 mortes
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Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 2.742.740 casos confirmados e 45.209 mortes
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.11.2022, 17:46:30 Editado em 07.11.2022, 17:46:26
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O Paraná registrou uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no intervalo de um ano. Em outubro de 2021, ainda na esteira da grande procura pelo imunizante, foram registradas 2.479.269 doses e em outubro deste ano, apenas 121.779. Os números são da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), disponíveis no Vacinômetro Nacional.

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Diante desta queda, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da retomada da vacinação, considerando a grande disponibilidade de imunizantes, a necessidade de prevenção da população, o número de faltosos e a circulação de novas variantes.

“Sabemos que nossa maior ferramenta contra o coronavírus é a vacina, porque ela reduz o agravamento da doença e diminui o risco de morte. Por isso essa redução expressiva no número de doses aplicadas, na quantidade de paranaenses que não fecharam o esquema vacinal contra a doença, é extremamente preocupante”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

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Segundo a RNDS, o Paraná é o 5º estado que mais vacinou no País, registrando ao todo a aplicação de 27.876.265 vacinas contra a Covid-19. Destas, 10.179.981 foram primeiras doses (D1), 9.378.983 segundas doses (D2), 338.346 doses únicas (DU), 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF), 1.414.520 segundas doses de reforço (R2) e 449.338 doses adicionais (DA).

Leia mais: Subvariantes da Ômicron: o que esperar da nova onda da Covid-19?

A cobertura vacinal do público acima de cinco anos para D1 e DU é de 97,86% e para D2 de 92,38%. Já para a REF, a porcentagem cai para quase 63% e para a R2 a cobertura é ainda menor, cerca de 23%. A R2 ou quarta dose é recomendada pelo Ministério da Saúde para pessoas a partir de 40 anos, mas as prefeituras que têm doses estão estimulando a vacinação de público mais jovem.

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O número de não vacinados (nenhuma dose) é de 717.713 paranaenses. Os faltosos para D2 somam 1.406.201, para a REF, 5.289.405, e para a R2, 2.639.599 pessoas. Esses números consideram a estimativa populacional de 12 a 80 anos ou mais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020 e a estimativa do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) de 2016 da população vacinável no Paraná, de 10.747.880 pessoas.

“Nossa cobertura na primeira e segunda dose é ótima, mas precisamos nos atentar aos faltosos nas doses de reforço, que são os imunizantes atualizados para as variantes que foram surgindo com o passar do tempo e vão continuar aparecendo enquanto houver a circulação da Covid-19. Não podemos deixar que a falsa sensação de proteção com as primeiras doses nos impeça de reforçarmos essa imunização e aumentarmos a prevenção contra a doença”, disse Beto Preto.

Todas as pessoas que possuam doses em atraso ou que ainda não tenham se vacinado contra a doença devem procurar uma Unidade de Saúde próxima e agendar sua imunização. As vacinas estão disponíveis nos 399 municípios do Estado.

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ESTOQUE – Em dezembro de 2021, quando o Brasil já vacinava com a dose de reforço, foi discutido e pactuado entre Estado e municípios na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR) que o envio de vacinas contra a Covid-19 seria realizado mediante solicitação dos municípios, considerando a mudança na procura, a capacidade de armazenamento, condições de aplicação dentro do prazo de validade e o número de doses disponíveis nos pontos de vacinação.

Recentemente, segundo um levantamento preliminar da Sesa e das 22 Regionais de Saúde, além de mais de 500 mil vacinas aptas a alcançarem os paranaenses a qualquer momento, cerca de 1,5 milhão de vacinas contra a Covid-19 fora do prazo de validade estão armazenadas no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), nas regionais e nos municípios. Elas foram entregues ao Estado no primeiro semestre deste ano, com validade curta. A maioria é AstraZeneca.

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Em agosto, o Ministério da Saúde estabeleceu um Termo de Cooperação Técnica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para realização de um estudo quanto à ampliação da validade de vacinas da AstraZeneca com prazo expirado para aplicação, e orientou os Estados que mantivessem esses imunizantes armazenados até a finalização do relatório. Com isso, mesmo em grande volume, as vacinas não foram descartadas.

“Estamos aguardando uma posição oficial do Ministério da Saúde sobre esses imunizantes para que possamos dar encaminhamento a essas doses, seja devolvendo ao governo federal ou disponibilizando para a aplicação, inclusive possibilitando a inclusão de novos grupos na segunda dose de reforço, que ainda é recomendada apenas para maiores de 40 anos”, explicou o secretário.

PANORAMA – Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 2.742.740 casos confirmados e 45.209 mortes em decorrência da Covid-19. No último mês foram 2.835 casos e 29 óbitos – os números são os menores desde abril e março de 2020, respectivamente. Os daods têm registrado queda há pelo menos cinco meses e nessa primeira semana de novembro não houve nenhuma morte confirmada pela doença no Estado.

Dentre as mais de 4,5 mil amostras selecionadas para sequenciamento genômico pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – para analisar as modificações do vírus e quais delas estão circulando – 3.621 já foram analisadas, resultando na detecção de 96 linhagens e sublinhagens do vírus Sars-CoV-2 no Estado. Destes, as principais são as variantes da Ômicron (57,9%), seguida pela Delta (17,7%) e Gamma (17,1%).

Nas últimas semanas uma nova subvariante da Ômicron, nominada como “BQ.1”, foi identificada no Brasil e aumentou a preocupação sobre uma possível nova onda da doença. Embora essa nova linhagem seja pouco conhecida e ainda não tenha chegado no Paraná, estima-se que a cepa possua maior risco de reinfecção, reforçando a necessidade da imunização contra a doença.

“O Estado monitora o aparecimento de todas as variantes desde o início e ressalta que a melhor proteção é a vacina. Se hoje temos uma situação epidemiológica estável é graças a vacinação. Por isso precisamos do apoio da população e das equipes municipais para retomar esse processo de imunização e impedir que os números voltem a subir”, alertou Beto Preto.

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