A Sanepar pode ter a segunda planta do mundo de hidrogênio renovável em parceria com a empresa alemã Graforce. O termo de parceria entre as empresas foi assinado nesta terça-feira (28), em Berlim, pelo diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, e o presidente da Graforce, Jens Hanke. A parceria visa o desenvolvimento de estudos sobre produção de hidrogênio renovável, a partir da plasmólise do biometano, oriundo do tratamento do esgoto.
A Graforce foi quem desenvolveu a tecnologia de plasmólise para produção de hidrogênio renovável a partir do biogás ou do esgoto. Em maio, o presidente da Sanepar e o gerente de Pesquisa e Inovação, Gustavo Possetti, visitaram a fábrica e o centro de pesquisas da Graforce, em Berlim.
Essa parceria é fruto do Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a Sanepar e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-Rio), que visa o desenvolvimento de estudo de viabilidade de tecnologias renováveis (verdes) na produção de hidrogênio em estações de tratamento de esgoto no Paraná.
O projeto conta com recursos do Governo da Alemanha, por meio do Ministério Federal do Meio Ambiente, Natureza, Segurança Nuclear e Proteção (BMUV) e da NOW GmbH, empresa pública que conduz o Programa Nacional de Inovação para Hidrogênio e Tecnologia de Células de Combustível.
“A Sanepar dá mais um passo na construção de novos modelos voltados à transição energética, colaborando para que o Estado do Paraná seja um importante hub de desenvolvimento da cadeia do hidrogênio renovável no país”, disse o presidente da Companhia. “Buscamos parcerias no mundo todo para avançarmos rapidamente com as pesquisas e inovações aplicadas em nossos processos”, afirma.
A Companhia processa mais de 476 bilhões de litros de esgoto por ano em suas 263 estações de tratamento. Essas estações, em sua maioria, são dotadas de reatores anaeróbios e geram, consequentemente, biogás.
“A produção do hidrogênio renovável a partir do biogás é convergente com as características das cadeias produtivas já consolidadas no Paraná. Trata-se de uma abordagem disruptiva para o setor de saneamento brasileiro e muito aderente às agendas internacionais focadas na promoção das economias circular e de baixo carbono”, afirma Gustavo Possetti.
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