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Recepcionista de hospital doa parte do fígado para paciente de 6 anos

Profissional se sensibilizou com situação do menino e resolveu fazer a doação

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.09.2020, 18:05:41 Editado em 25.09.2020, 18:05:40
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“Eu sou doadora de órgãos. Quando fiquei sabendo que ele precisava, que era possível a doação de intervivos e eu era compatível, não pensei duas vezes e faria tudo de novo. Eu me ofereci de coração e fui”. O relato é da recepcionista Gislaine Lopes que trabalha em um hospital de Curitiba e acabou se tornando doadora de um dos pacientes. Casada, mãe de 2 filhos Gislaine salvou a vida do Jhonatam Rafael Silva de Oliveira, um garoto de 6 anos que precisava de um novo fígado para sobreviver.

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Tudo começou quando Jhonatam deu entrada no hospital em que Gislaine trabalha com uma grave insuficiência hepática um ano atrás. Os problemas de saúde do garoto se agravaram e a família foi informada de que ele precisaria de um transplante de fígado. Com a piora rápida do menino, todos da família se desesperaram em busca de um doador. O pai do garoto era quem tinha o mesmo tipo sanguíneo, mas, por conta de alguns problemas de saúde, foi descartado como doador.

Foi, então, que Gislaine se sensibilizou com a situação do menino e resolveu doar parte de seu fígado. Eles fizeram o pedido na justiça, como é de praxe em caso de doador vivo, e conseguiram a autorização para a cirurgia. Em alguns dias, ela foi internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para o transplante. Os médicos removeram 40% do fígado de Gislaine e o transplantaram para o abdômen de Jhonatam.

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Gislaine e Jhonatam se recuperaram bem. “A Gislaine é um anjo em nossas vidas. Se não fosse ela, não sei o que seria dele. A Gi agora é um membro da nossa família, costumo dizer é a segunda mãe do Jhonatam”, disse Sidinéia Vitor da Silva, mãe do garoto.

NÚMEROS

O Paraná manteve a liderança em doações e transplantes de órgãos no Brasil no primeiro semestre. Os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que o Estado atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população (pmp), ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional, que fechou em 15,8 pmp. De janeiro a junho de 2020, o Paraná registrou 558 notificações de potenciais doadores e 252 doações efetivas, que corresponderam a 385 transplantes de órgãos.

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Além da liderança em doações, o Estado se mantém no topo da lista em transplantes renais e em segundo lugar em transplantes de fígado, com uma média de 45,7 e 19,2 pmp, respectivamente.

Os dados também mostram que o Estado teve queda das recusas familiares em doar os órgãos, nestes seis meses. Apenas 23% das famílias se recusaram a doação de órgãos, sendo este o índice o mais baixo já registrado na história do SET/PR.

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