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Ratinho diz que será oposição, apesar da adesão do PSD ao governo Lula

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador justifica a sua posição por possuir um “pensamento político que diverge do governo eleito”

Da Redação

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O governador comentou que conversou com Bolsonaro após a eleição
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O governador comentou que conversou com Bolsonaro após a eleição
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.11.2022, 10:26:00 Editado em 18.11.2022, 10:25:57
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O governador Ratinho Junior afirmou que mesmo com a adesão de seu partido, o PSD, ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai se manter na oposição. Em entrevista ao Estadão, o governador afirmou que pretende ter “um relacionamento institucional”. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador justifica a sua posição por possuir um “pensamento político que diverge do governo eleito”.

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Ele também minimizou os atos em frente a quartéis do Exército pelo País de apoiadores do presidente insatisfeitos com o resultado das eleições, que pedem intervenção militar. “Não temos a Marcha da Maconha? A Marcha do Aborto? É o direito da pessoa reivindicar, pensar diferente da outra. Isso não quer dizer que vai acontecer”, alegou.

“Espero uma relação institucional, que é uma obrigação nossa como gestores públicos. Aqui no Paraná, consegui construir essa relação com os partidos. São 399 municípios e fui apoiado por 393 prefeitos, inclusive aqueles que não estavam na minha coligação, como PT, PDT e Cidadania. Atendi aos municípios, investindo nessas cidades. Espero que o novo governo que vai tomar posse em janeiro tenha essa mesma visão, de boa relação institucional e diálogo com todos os Estados brasileiros”, afirmou.

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“Meu candidato perdeu a eleição nacional, então eu, naturalmente, sou oposição a esse governo eleito. Mas, sou apenas uma pessoa dentro do partido. O PSD tem mais de 40 deputados, mais de dez senadores e outros representantes que vão decidir pelo partido. Mas, meu posicionamento é ter um relacionamento institucional com o governo federal e um pensamento político que diverge do governo eleito”, disse.

O governador comentou que conversou com Bolsonaro após a eleição.

“Fui fazer uma visita e dar um abraço de gratidão pelos investimentos que o governo dele fez no Paraná. Acredito que ele terá uma participação importante na política brasileira. Será um ex-presidente com uma força popular muito grande. É uma pessoa de uma direita mais fervorosa, com uma importância muito grande dentro do tabuleiro político”

- Ratinho Junior, Governador do Paraná
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Sobre os protestos, ele afirmou que é um direito, “desde que não usem a violência ou tranquem rodovias”. “É direito do cidadão não gostar do resultado da eleição. Isso não significa que vai mudar o resultado. É algo natural e faz parte da democracia. As instituições estão funcionando e a transição acontecendo", defendeu.

O governador comentou as especulações sobre uma possível candidatura dele à Presidência da República em 2026. “Da minha boca, nunca saiu isso. Até porque sou muito ponderado nesse tipo de pauta. Tenho um compromisso com meu Estado, objetivo de fazer um bom segundo mandato, deixar uma grande marca de consolidar o Paraná como Estado mais sustentável do Brasil, com a melhor educação do Brasil, melhor porto do País e a maior geração de empregos da nossa história. Há décadas éramos quinto lugar no PIB (Produto Interno Bruto) e agora passamos a ser a quarta maior economia do País, com recorde na participação do PIB. Claro que qualquer governador de um Estado importante passa a ser, naturalmente, um player que o nome surge ou é discutido, mas tenho muita cautela. Essa questão não me embriaga”, disse.

Ratinho Jr também defendeu a continuidade do processo de concessão de rodovias no Estado. “Concessões de rodovias são muito importantes para o Paraná. São mais de 3 mil quilômetros que precisam ser concedidos para que haja uma ampliação da capacidade de carga, sendo 70% de rodovias federais e 30%, estaduais. É um projeto robusto para consolidar o Paraná como central logística da América do Sul”, afirmou. “O modelo que construímos com o Ministério da Infraestrutura do governo atual é o da menor tarifa. No passado, foi um assalto, porque cobraram pedágio do paranaense por 24 anos e não fizeram obras. O paranaense não quer um pedágio para tapar buraco e pintar faixa. Queremos obras, isso é o que desenvolve o Estado. Estamos abertos para buscar a melhor solução. Se o governo federal, o novo governo que vai assumir a partir de janeiro, tiver a mesma disposição, estamos abertos para poder achar uma solução que seja um preço justo ao paranaense, mas, acima de tudo, que tenha obras para a população”, defendeu.


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