A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) do Paraná confirmou nesta quarta-feira (02), o primeiro caso da nova variante indiana da Covid-19 no estado.
Uma mulher de 71 anos, residente no município de Apucarana, com comorbidades, apresentou os sintomas da doença no dia 19 de abril, após contato com casos confirmados e realizou coleta de exame RT-PCR para diagnóstico no dia 26 de abril. Ela ficou hospitalizada neste período, mas teve alta logo em seguida. A paciente morava com o marido de 74 anos e o filho de 58 e os três foram diagnosticados com Covid-19. O filho faleceu no dia 17 de maio.
A cepa B.1.617 foi detectada pela primeira vez na Índia e é amplamente atribuída à onda devastadora de Covid-19 que atingiu os países do sul da Ásia nas últimas semanas. Além disso, se espalhou para o Reino Unido e pelo menos 43 outros países, nos quais a “variante indiana" se tornou uma expressão amplamente usada.
Variante é mais transmissiva
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo "digno de preocupação global".
A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes responsáveis por se conectar às células humanas e dar início à infecção. Essas mutações genéticas aumentam a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.
Outras cepas do vírus
Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao menos 92 cepas do coronavírus já transitavam pelo Brasil até abril deste ano, entre elas as três variantes até então consideradas “de preocupação global”: do Reino Unido (B.1.1.7), da África do Sul (B.1.351) e a P.1, de Manaus. Agora, com a identificação da variante indiana, considerada mais transmissível e “agressiva” pelos cientistas, autoridades de saúde, lideranças políticas e a própria ciência enfrentam um novo desafio.
Variante indiana no Brasil
No Brasil, são 9 casos confirmados até o momento: 6 no Maranhão, 1 no Rio de Janeiro, 1 em Minas Gerais e agora 1 caso no Paraná.
A maioria dos infectados chegou ao Brasil a bordo de um navio vindo de Hong-Kong. A embarcação com 6 trabalhadores indianos infectados segue sem atracar no Porto de São Luiz. No Rio de Janeiro e na cidade mineira de Juiz de Fora, os pacientes estiveram na Índia a trabalho e testaram positivo ao retornar ao Brasil. No Paraná, ainda não se sabe como a paciente teve contato com a variante. A Vigilância Epidemiológica do estado investiga e tenta fazer o rastreamento dos casos próximos confirmados para descobrir.
Com informações G1 e Jovem Pan.
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