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Produção de panelas e fogões movimenta economia do Sudoeste

O Sudoeste do Paraná concentra um importante polo de produção de panelas e fogões. A região se especializou no segmento e hoje, além das fábricas, conta com fornecedores e outras empresas diretamente ligadas a ele, movimentando a economia do Sudoeste.Cons

Da Redação

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Produção de panelas e fogões movimenta economia do Sudoeste
Icone Camera Foto por Jose Fernando Ogura/AEN
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.10.2020, 09:24:50 Editado em 09.10.2020, 09:24:48
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O Sudoeste do Paraná concentra um importante polo de produção de panelas e fogões. A região se especializou no segmento e hoje, além das fábricas, conta com fornecedores e outras empresas diretamente ligadas a ele, movimentando a economia do Sudoeste.

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Considerado o segundo maior polo industrial de panelas do país, perdendo apenas para o estado de São Paulo, a região concentra dezenas de grandes e pequenas fábricas. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pato Branco (Sindimetal/Sudoeste), que congrega fabricantes de artigos de metal para uso doméstico, serralherias, esquadrias, baterias e equipamentos eletreletrônicos, são cerca de 800 indústrias metalmecânicas espalhadas pelo Estado.

Uma das maiores é a Atlas, fabricante de fogões, localizada em Pato Branco. Considerada uma empresa âncora, é a maior empregadora da região, com 1800 empregos diretos, 1200 deles na fábrica. Em função dela, diversos fornecedores instalaram-se nas redondezas. Para o CEO da empresa, Marcio Veiga, é este tipo de facilidade que acabou tornando o Sudoeste um polo de indústrias desde segmento.

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A fábrica produz fogões das marcas Atlas e Dako, com uma capacidade produtiva de 12 mil unidades por dia. Anualmente, são 2,5 milhões de peças. Os produtos são vendidos para todo o Brasil, sendo que a região Sudeste é a maior consumidora.

PROPULSORA - Claudio Petrycoski, vice-presidente da Fiep e membro do conselho da Atlas, conta que a empresa, fundada há 70 anos, foi propulsora de muitos negócios na região. “Muitos fornecedores nossos nasceram de dentro da empresa. São ex-funcionários que saíram daqui para empreender e hoje fornecem para nós e para outras empresas”, conta.

Com a pandemia, a produção da Atlas reduziu num primeiro momento. Com isso, a empresa fez uso de diversas alternativas para evitar demissões: antecipação de férias, compensações. O resultado foi que nenhum funcionário precisou ser demitido e agora, com a alta nas vendas, estão aumentando o quadro funcional.

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“Houve muitas mudanças nas famílias, o uso diário do lar. Isso fez com que a demanda pelos nossos produtos aumentasse muito neste segundo semestre”, avalia Petrycoski.

No entanto, uma das dificuldades que a empresa vem enfrentando é a falta de matéria-prima. A aceleração da demanda foi desproporcional à velocidade de retomada da produção de matéria-prima.

LIDERANÇA - Divididos entre Palmas e Francisco Beltrão, o grupo Alcast mantém duas importantes fábricas do segmento metalmecânico no Sudoeste. Em Palmas está instalada a Panelux, maior fabricante de panelas de pressão das américas e líder de mercado no Brasil.

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De acordo com Abelson Carles, diretor da Alcast, a fábrica da Panelux produz 400 mil panelas de pressão ao mês e é a segunda maior empresa de panelas do país. “As pessoas não têm muita noção do que é feito na cidade onde moram ou no estado em que vivem. Divulgar a produção local é importante para que o paranaense saiba o que as indústrias locais produzem e o potencial que têm”, afirma.

Em Francisco Beltrão fica a fábrica que produz chapas de alumínio, entre outros produtos. Considerada empresa âncora na região, ela é responsável pelo fomento e fornecimento de matéria-prima.

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Elisandro Carles, diretor da unidade, afirma que apenas três indústrias no Brasil produzem o mesmo tipo de produto que a Alcast. “Temos 700 funcionários nas duas fábricas. E a fundição, que nasceu em 1995, foi criada justamente para atender a demanda de matéria-prima da fábrica de panelas. Hoje fornecemos para diversas empresas do segmento”, explica. A fábrica produz também telhas, chapas e bobinas de alumínio, para setor automotivo e da construção civil.

EXCLUSIVIDADE - Em Marmeleiro fica a MTA, empresa fundada em 1992 que produz utilidades domésticas para cozinha. São dois milhões de peças produzidas ao ano, numa fábrica que emprega cerca de 75 pessoas.

De acordo com Antonio Froza, diretor-presidente da MTA, a primeira fábrica de panelas da região surgiu em 1988. De lá para cá, são cerca de 40 empresas no Sudoeste.

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Aos poucos, a empresa foi mudando seu mix de produtos para se posicionar no mercado. “Deixamos os produtos populares de lado. Hoje vendemos para todo o Brasil produtos com maior valor agregado e também exportamos para países como Estados Unidos e México, além dos nossos vizinhos na América Latina”, conta Froza. Atualmente a MTA figura entre as quatro maiores empresas do segmento no Brasil e é a segunda marca mais lembrada quando o assunto é panelas.

É da MTA a única panela de pressão com visor de vidro do país. “Este produto é exclusivo nosso, patenteado há seis anos. Outra exclusividade da MTA é a pipoqueira com tampa de vidro”, afirma Eduardo Frozza, diretor comercial.

VALORIZAR - Para Antonio Froza, o projeto Feito no Paraná exerce o importante papel de ajudar muitas empresas que tem pouca divulgação. “Ao dar visibilidade ao que é produzido aqui, o Governo está validando o que muitas empresas estão tentando comprovar, que têm qualidade”, afirma.

Criado pelo Governo do Estado, o projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. “Exemplos de produtos paranaenses com qualidade reconhecida dentro e fora do Estado não faltam”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Ao prestigiar as nossas empresas, também ajudamos na criação e manutenção dos empregos”, destaca.

O projeto foi elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes e busca estimular a economia e a geração de renda. “Queremos mostrar à população as vocações produtivas regionais, destacar a qualidade do que é feito perto de casa e, como consequência, impulsionar o desenvolvimento de empresas que oferecem emprego a quem vive no Paraná”, reforça o secretário Valdemar Bernardo Jorge.

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