Um rapaz, identificado como João Carlos dos Santos, de 35 anos, foi submetido a um procedimento cirúrgico no rim e, no processo pós-operatório, precisaria utilizar um equipamento coletor, em Curitiba, Paraná. Ao ir a uma clínica particular para colocar o item, um médico informou João de que a unidade de saúde não tinha bolsas de colostomia, equipamento que deveria ser colocado no rapaz, então, implantou uma luva cirúrgica no lugar.
Mas, ao chegar em casa, João notou a gravidade do caso. “O médico falou que era medicina de guerra e colocou uma luva improvisando o procedimento. Saí da clínica com aquela luva pendurada na barriga, vazando muito. Em casa eu não tinha controle. Fiquei encharcado de secreção... Minhas roupas e cobertores ficaram todos molhados”, disse o paciente.
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Em uma entrevista ao G1, ele contou que, antes de inserir a bolsa de colostomia, utilizava um dreno para eliminar secreções. A indicação de colocar a bolsa veio quando o curativo que ele usava parou de segurar o dreno por causa da quantidade de líquido eliminada.
Segundo o paciente, o procedimento era temporário, uma vez que o médico pediu para vê-lo novamente no outro dia. Mesmo assim, ele disse ter se sentido constrangido.
“O médico queria ver a quantidade de secreção que estava saindo [...]. Como não tinha a bolsa de colostomia, ele improvisou e, no momento, eu até me achei bem acolhido, ele estava sendo simpático. Depois que caiu minha ficha. Pensei: ‘Cara, o que eu to fazendo com isso aqui?’. Aí pedi ajuda para uma amiga”.
O paciente disse que substituiu a luva no mesmo dia, por intermédio de uma amiga que trabalha em um hospital da capital. Ela conseguiu uma bolsa de colostomia para ele.
Ainda de acordo com o relato do paciente, o médico não sinalizou se no retorno previsto para o dia seguinte substituiria a luva cirúrgica.
De acordo com João, o caso ocorreu no dia 22 do mês passado no Centro Clínico Pinheirinho, unidade NotreDame Intermédica. Através de uma nota, a empresa lamentou o ocorrido e informou que desligou o médico responsável pela ação da equipe.
Segundo a empresa, o paciente está bem e que todas as demandas dele "estão assistidas".
Confira a nota na íntegra:
"A prioridade da empresa é oferecer o melhor atendimento aos clientes. Por isso, a companhia lamenta profundamente o ocorrido, que possa ter gerado algum desconforto ao paciente.
Por esse motivo, assim que houve conhecimento dos fatos, o médico foi desligado, o paciente foi acolhido, e todas as suas demandas estão assistidas.
O paciente está bem e em continuidade ao seu tratamento ambulatorial. A companhia preza pelo bem-estar do paciente sempre e está em contato direto e à disposição do beneficiário para melhor assisti-lo".
Com informações do g1.
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