Com um novo terminal interligado a oeste do cais, os operadores do Porto de Paranaguá preveem movimentar cerca de 6 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação no 1º trimestre de 2021. Somados, os volumes esperados de soja, farelo, milho e açúcar representam alta de 11% em relação ao que foi exportado nos mesmos três meses de 2020 - de 5,47 milhões de toneladas.
“Para atender essa demanda vamos precisar do Corredor de Exportação funcionando 100%. O objetivo é ter máxima produtividade nos três berços a leste do cais e ainda contar com o berço 201, no corredor oeste, e o berço 204”, destaca o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
Segundo ele, os berços 201 e 204 tiveram, em 2020, um aumento significativo do calado (profundidade disponível para o navio utilizar, quando carregado), passando a 12,5 metros. Além disso, um novo terminal começa a operar no Corredor Oeste de Exportação do Porto de Paranaguá, logo nos primeiros meses de 2021.
“Isso vai nos trazer possibilidade de trazer ainda mais carga para Paranaguá. Com essa capacidade ampliada, que não tínhamos nos anos anteriores, e essa estrutura temos todas as condições de atender os nossos usuários e bater novos recordes na exportação”, prevê Teixeira.
NOVO TERMINAL – O novo terminal que se interliga para começar 2021 operando à oeste do cais, pelo berço 201, é a Cavalca Administração Portuária (CAP). “Nossa expectativa é começar a operar logo nos primeiros meses do ano. Toda a estrutura está pronta e já recebemos o alfandegamento, agora na última semana de dezembro”, conta o gerente-geral do terminal, Eulisses Zagonel Machado.
Segundo Machado, a empresa vai trabalhar, principalmente, com soja – em grão e farelo – originadas na região Oeste do Paraná e do estado do Mato Grosso. “Nossa expectativa é carregar de 60 a 65 mil toneladas por mês”, completa.
O terminal conta com um armazém de fundo plano para 50 mil toneladas de carga e é interligado por correias transportadores até os equipamentos do berço – os dois shiploaders – que têm capacidade de embarcar cerca de duas mil toneladas hora, cada.
“A operação simultânea de dois corredores de exportação, no Porto de Paranaguá, vai possibilitar mais agilidade nos carregamentos, potencialmente diminuindo o tempo de espera dos navios”, afirma o gerente da CAP. A expectativa da Cavalca é exportar 180 mil toneladas de soja já no primeiro trimestre de 2021.
INTERLIGADOS - No mesmo berço 201, interligado no Corredor Oeste, está o terminal da Bunge. A expectativa da empresa é exportar, nos primeiros três meses deste novo ano, 415 mil toneladas de graneis – 235 mil de farelos de soja e 180 mil de soja em grão. O volume esperado é 87% maior que o consolidado em 2020, de janeiro a março de 2020, no berço: 221.532 toneladas de soja em grão e farelo.
Pelo berço 204, a Pasa espera exportar, no mesmo período, 770 mil toneladas de carga, sendo 420 mil toneladas de soja (121% a mais que as 189.946 toneladas exportadas de janeiro a março de 2020, em grão e farelo) e 350 mil de açúcar a granel (17% a mais que as 298.490 toneladas exportadas no primeiro trimestre em 2020).
LESTE - Juntos, os nove terminais privados e os dois públicos interligados no Corredor de Exportação Leste, do Porto de Paranaguá, esperam movimentar 4.717.000 toneladas de soja, milho e farelo no primeiro trimestre de 2021. Esse volume representa uma movimentação média de 1.572.333 toneladas por mês.
O volume esperado é quase o mesmo do consolidado na exportação do complexo em 2020 (4.721.471 toneladas). De soja, são esperadas quase 3,1 milhões de toneladas. O volume é um pouco menor do exportado nos três primeiros meses de 2020: 3.348.522 toneladas.
De farelo de soja, a expectativa dos terminais é exportar 1.144.000 toneladas no primeiro trimestre de 2021. O volume será 6,4% maior que as 1.075.147 toneladas consolidadas no mesmo período deste ano.
O produto que deve apresentar uma alta significativa é o milho. A previsão é movimentar 475,5 mil toneladas do grão de janeiro a março do próximo ano. Em 2020, foram exportadas 297.802 toneladas do produto pelo Corredor Leste - 37% a menos do volume esperado.
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