Começa a valer nesta segunda-feira (30), o novo protocolo de segurança para o acesso dos trabalhadores ao cais do Porto de Paranaguá. O teste do etilômetro será aplicado por sorteio aleatório realizado pelo sistema eletrônico.
“É uma quebra de paradigma. Somos um dos poucos portos públicos do país que está implementando esse sistema. Esperamos bons resultados”, comenta Felipe Zacharias, gerente de Saúde e Segurança (SESMET) do Trabalho da Portos do Paraná.
Segundo Zacharias, os trabalhadores estão apreensivos quando ao novo protocolo, porém não é preciso se preocupar. “O objetivo não é punir ninguém. Nosso principal objetivo é a segurança. É a gente impedir que o trabalhador que, por ventura, esteja sob efeito de álcool entre e exponha a segurança dos outros também em risco”, afirma.
O uso do álcool pode provocar acidentes graves no ambiente portuário que envolve inúmeros equipamentos pesados e caminhões.
SORTEIO - A partir da 1h da manhã, da próxima segunda-feira (30) vai começar a valer. As pessoas que acessarem a faixa, a partir de então, poderão ser sorteadas a passar pelo teste. Ao passarem pela catraca, o sistema aleatoriamente vai bloquear e avisa o trabalhador que ele deverá passar pelo etilômetro. Quando isso acontecer, o trabalhador deve procurar a equipe da Guarda Portuária que realizará o exame.
“Esse teste do etilômetro vem para resguardar o trabalhador, em todos os sentidos. Teve uma campanha de orientação e conscientização antecipada, fizemos o treinamento com os equipamentos sobre como manusear, qual a tolerância, quais os procedimentos a serem seguidos e a partir da semana que vem a Guarda está apta a aplicar esses teste”, afirma Thiago Matozo, agente de segurança e coordenador de coordenador de monitoramento da Unidade Administrativa de Segurança Portuária (UASP).
Todos os trabalhadores que acessam o cais poderão ser sorteados. Principalmente nos horários de troca de turnos. As pessoas que atuam na faixa portuária de Paranaguá acessam pelos torniquetes do edifício Dom Pedro II, prédio operacional da empresa Pública Portos do Paraná. Diariamente, passam quase dois mil trabalhadores próprios, portuários avulsos, terceirizados, funcionários das empresas operadoras e empresas que prestam serviço no cais.
PROTOCOLO – Como explica Matozo, durante o teste são possíveis três situações. A primeira, seria a recusa. O trabalhador não é obrigado a fazer o teste do etilômetro, mas ele não vai poder acessar a faixa portuária sem apresentar o resultado do exame.
Em caso de positivo, ou seja, se o resultado for igual ou maior que o tolerado, que é de 0,3 miligramas de álcool por litro de ar alveolar, a empresa tem que responder pelo funcionário que poderá ter o cadastro de acesso bloqueado e ainda entrar em uma lista de atenção perante a autoridade portuária. Se der negativo, o funcionário é desbloqueado e pode acessar normalmente a faixa portuária.
“Em princípio, o teste será apenas nos acessos de pedestres, pelos torniquetes. Ainda não teremos nas balanças dos gates, no acesso dos motoristas, mas esses também estarão condicionados à realização de blitz, na faixa portuária, onde poderão ter que passar pelo teste do etilômetro”, comenta o agente de segurança.
O etilômetro é o equipamento utilizado para fazer o exame que indica a concentração de álcool no ar exalado dos pulmões de quem é testado.
Técnicos de segurança no Trabalho são essenciais
Nesta sexta-feira (27), último dia de testes antes da efetivação do novo protocolo de segurança no trabalho na Portos do Paraná, se comemora o Dia do Técnico de Segurança no Trabalho. Atuando nos portos de Paranaguá e Antonina, são onzes profissionais que tornam as operações portuárias mais seguras com planejamento e ação. Quatro na empresa pública e sete na Cia Ambiental, empresa que presta assessoria ambiental para a Portos do Paraná.
“A gente tem que colocar a segurança no trabalho sempre como um dos principais temas a serem tratados no ambiente laborativo. O técnico de segurança é aquele profissional que ajuda, no dia-a-dia, no executar da função de cada um”, afirma Felipe Zacharias, gerente de Saúde e Segurança (SESMET) do Trabalho da Portos do Paraná.
Como conta Felipe, que também é técnico de segurança no trabalho, antigamente o profissional era conhecido apenas como “a pessoa que puxava a orelha de todo mundo”. “Hoje, porém, a função do Técnico de segurança já se enquadra como função de gestão. É um profissional que planeja, prevê medidas, que estuda indicadores de frequência de erros. Exatamente para prevenir que esses erros voltem a acontecer. Ele treina capacita”, explica Zacharias.
A função do técnico de segurança na atividade portuária é uma função de antecipação e planejamento. Ou seja, essencial para que todas as demais aconteçam. “O profissional de segurança no trabalho está aqui para impedir que as intercorrências ocorram, garantir que as operações aconteçam com a máxima eficácia e que a gente atinja resultados, sem perdas”, diz o gerente da Portos do Paraná.
Nesse momento de pandemia de Covid-19, a importância desse profissional ficou ainda mais em destaque. “Eu tenho contato com várias empresas do setor portuário e sei que está sempre sobre a Segurança no Trabalho a coordenação das ações de enfrentamento à Covid. Tivemos que mudar nossa linha de atuação e atuar na proteção dos trabalhadores e na prevenção contra a doença. Aprendemos muito nesse ano e engrandecemos a nossa atuação”, conclui o técnico de segurança no trabalho.
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