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Polo tecnológico do Sudoeste é um dos mais importantes do Paraná

Muitos paranaenses desconhecem, mas a região Sudoeste é reconhecida como um dos mais relevantes polos de produção tecnológica do Estado. Esta condição foi alcançada por iniciativas adotadas no município de Pato Branco ainda na década de 1980 e que se espa

Da Redação

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Polo tecnológico do Sudoeste é um dos mais importantes do Paraná
Icone Camera Foto por Jose Fernando Ogura/AEN
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.10.2020, 11:09:02 Editado em 16.10.2020, 11:09:00
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Muitos paranaenses desconhecem, mas a região Sudoeste é reconhecida como um dos mais relevantes polos de produção tecnológica do Estado. Esta condição foi alcançada por iniciativas adotadas no município de Pato Branco ainda na década de 1980 e que se espalharam para outras cidades, como Dois Vizinhos e Francisco Beltrão.

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Esta história de sucesso é contada em mais uma reportagem da série Feito no Paraná, que apresenta empresas e produtos paranaenses. “Nosso propósito é demonstrar aos paranaenses a riqueza produtiva do nosso Estado e valorizar o que é feito no Paraná”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Tudo começou com a criação do primeiro curso de Processamento de Dados em Pato Branco, há quase 35 anos. A formação de nível superior foi o pontapé inicial para tornar a cidade um dos maiores polos de tecnologia no Paraná e inspirou outros municípios a seguirem na mesma linha.

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Para o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Paraná), Adriano Krzyuy, os três municípios do Sudoeste formam um importante tripé tecnológico para o Paraná e para todo o País. “Estes municípios constam da lista dos 15 que puxam o faturamento e contratação de mão de obra no Estado”, afirma.

De acordo com o Panorama do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação recém divulgado pela Assespro, entre os anos de 2007 e 2019, o crescimento do emprego no ramo de serviços de TI cresceu 160% no Paraná, o dobro da média nacional, que foi de 95%. Para Krzyuy, uma das explicações para os bons números do Estado é a presença de instituições de ensino com fomento à pesquisa e inovação. Ao todo são 45 institutos, faculdades e universidades instaladas no Sudoeste.

De acordo com um estudo feito pelo Sebrae em 2019, que mapeou as startups paranaenses, o Paraná tem 1032 startups, sendo que 128 estão no Sudoeste do Estado. Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão ocupam, respectivamente, a quarta, sétima e décima posição entre as cidades do Estado com mais empresas deste tipo.

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Enquanto Pato Branco e Dois Vizinhos concentram grande número de empreendimentos voltados à tecnologia na agricultura, as startups de Francisco Beltrão estão voltadas para a área de educação.

PIONEIRISMO - Pato Branco tem hoje cerca de 100 empresas de tecnologia . Além de programas de computador e eletroeletrônicos, elas produzem componentes para automação e informática. O conjunto de empresas gera cerca de três mil empregos diretos e deve fechar o ano com faturamento na casa dos R$ 500 milhões.

“Foi um processo e um planejamento que permitiram tornar Pato Branco uma referência neste setor”, conta Marcos Vinicius de Bortolli, secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.

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Segundo ele, com a formação de mão de obra especializada, começaram a surgir as primeiras empresas do ramo no início da década de 1990. Depois disso, em 1997, foi criada a primeira incubadora de base tecnológica no município, que fomentou ainda mais as iniciativas empresariais.

A criação da própria secretaria municipal, em 2013, foi um marco e permitiu que o município avançasse no projeto de tornar Pato Branco uma cidade inteligente. Em sete anos, foram mais de 50 projetos envolvendo o mundo da tecnologia da informação, nas escolas, feiras de tecnologia e incentivo a novas empresas.

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Atualmente, o município conta com duas incubadoras: a Incubadora de Tecnologia da Pato Branco, com 22 empresas, e outras 10 empresas incubadas no Programa de Empreendedorismo e Inovação (PROEM) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

“Para entrar na incubadora municipal, o interessado deve apresentar um projeto, que é avaliado por um comitê. Depois, o projeto passa por uma banca pública, que pode aprovar ou não a demanda. Quando é aprovada, a empresa recebe uma sala, computador, acesso à internet e telefone. Eles podem ficar até dois anos no local e pagam uma taxa mensal de R$ 80 pela estrutura”, explica Bortolli.

CONSULTORIAS - As empresas incubadas também têm acesso a consultorias através de convênios firmados pela secretaria. “Além da ajuda nos custos iniciais, estar aqui permite que as empresas tenham acesso a todo o ecossistema, fazendo conexões, firmando parcerias e com potencial para expandir seus negócios”, afirma Bortolli.

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Uma das incubadas no projeto municipal e que está se graduando é a Terris, que trabalha com projetos na área de agricultura. De acordo com Sidney Gaspari, sócio-diretor da empresa, o foco de trabalho são softwares para agricultura de precisão, que evitam falhas no plantio e aumentam a produtividade das propriedades.

“Estar aqui nestes dois anos nos ajudou muito. Além de todo o ecossistema que é muito importante, facilitou contatos e trouxe credibilidade ao nosso trabalho”, afirma Gaspari. A Terris, diz ele, vende para todo o país e também para o exterior. Como o negócio cresceu, eles estão deixando a incubadora para ocupar um galpão maior, de 300 metros quadrados.

CONCESSÕES - As empresas incubadas trabalham basicamente em três linhas: biotecnologia, tecnologia da informação e eletroeletrônicos. O parque tecnológico também abre concessão de uso de módulos para empresas que preencham os requisitos necessários. Quem é aprovado paga R$ 4,5 mil mensais para ficar baseado ali.

A Bitz Software é uma das mais novas a ocupar um dos módulos do parque tecnológico de Pato Branco. De acordo com Thiago Guilherme Santin, executivo da empresa, eles vieram atraídos pela visibilidade de estar no parque, além do acesso à tecnologia de ponta.

A empresa existe desde 2011 e produz softwares para hotéis, motéis, restaurantes e condomínios. A empresa vende para todo o Brasil e conta com 35 colaboradores. “Mas estamos expandindo os negócios e temos oito vagas em aberto neste momento, para aumentar o time”, afirma Santin.

FEITO NO PARANÁ - Criado pelo Governo do Estado, o projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. O projeto foi elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes e quer estimular a economia e a geração de renda. Empresas paranaenses interessadas em participar do programa podem se cadastrar pelo site www.feitonoparana.pr.gov.br.

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