A Polícia Civil de Maringá, norte do estado, indiciou o ginecologista Felipe Sá, suspeito de abusar sexualmente de 42 mulheres, por estupro de vulnerável, violência psicológica, importunação sexual e violação sexual mediante fraude. O médico está preso temporariamente há mais de um mês na cadeia pública da cidade. A reportagem é da RPC e g1.
O inquérito cita 39 infrações penais, sendo 37 violência sexual mediante fraude. Dessas, 24 teriam sido consumadas e 13 tentativas. Ele foi interrogado pela primeira vez nesta sexta-feira (27), mas preferiu ficar em silêncio. Segundo a polícia, os crimes praticados aconteceram dentro do consultório particular onde Sá atende. Uma das vítimas afirmou que foi abusada pelo médico enquanto estava sob efeito de hipnose.
- LEIA MAIS: Chega a 50 número de mulheres abusadas por ginecologista de Maringá
"Ele solicitava à vítima que realizasse determinados comportamentos, querendo, com isso, extrair vantagens. Porém, era um artifício empregado para confundir a vítima e obter vantagem sexual através disso. Isso caracteriza a violência sexual mediante fraude", afirmou o delegado Dimitri Tostes, responsável pelo caso.
A pena para este tipo de crime varia de 2 a 6 anos de prisão. O estupro de vulnerável, delito pelo qual Sá também foi indiciado, tem pena de até 15 anos. Entre as vítimas, estão pacientes e alunas de uma faculdade particular de Medicina, onde ele trabalhava como professor.
No inquérito, o delegado pediu a prisão preventiva do médico. O celular dele foi apreendido e está sendo periciado. O Ministério Público do Paraná (MPPR) deve decidir nos próximos dias se oferece ou não denúncia contra o ginecologista.
Deixe seu comentário sobre: "Polícia indicia ginecologista suspeito de abusar de pacientes no PR"