PF descobre câmera oculta em banheiro e prende suspeito no Paraná

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9) mais uma fase da Operação Infância Protegida, iniciativa permanente de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes. A oitava etapa da ofensiva ocorreu em Londrina, no norte do Paraná, e resultou na prisão em flagrante de um homem de 48 anos, após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

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O investigado, divorciado e trabalhado como montador de móveis, não possuía antecedentes criminais. Durante as buscas, os agentes localizaram dois celulares, um HD e um pen drive carregados com imagens e vídeos de abuso sexual infantil — incluindo cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes, segundo a PF.

Além do material ilícito, os policiais também encontraram indícios de um possível esquema de gravações clandestinas na empresa onde o suspeito trabalha. De acordo com a corporação, há sinais de que uma câmera oculta teria sido instalada no banheiro feminino ou no banheiro compartilhado da empresa para registrar imagens de mulheres sem consentimento.

A Polícia Federal destacou que a posse, o armazenamento ou a aquisição de registros de abuso sexual infantil são crimes hediondos, punidos com reclusão de 1 a 4 anos e multa, sem direito a fiança. A corporação reforçou ainda que, embora o Estatuto da Criança e do Adolescente utilize a expressão “pornografia infantil”, organismos internacionais recomendam o uso de termos como abuso sexual ou violência sexual, que refletem melhor a gravidade e o impacto dessas práticas.

A PF aproveitou a operação para orientar pais e responsáveis sobre a importância da prevenção no ambiente digital. Segundo a corporação, monitorar o uso de celulares, jogos e redes sociais, conversar abertamente sobre riscos e observar mudanças bruscas de comportamento são atitudes que podem impedir que crianças e adolescentes se tornem alvos de criminosos. “A informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas”, afirmou a instituição.

A investigação segue em andamento para identificar outras possíveis vítimas e apurar a extensão dos crimes.

Foto: Divulgação Polícia Federal

Foto: Divulgação Polícia Federal