O ‘Projeto Amigurumi Solidário’ é uma iniciativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em parceria com o Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu e consiste na utilização da técnica japonesa de confecção de figuras tridimensionais com uso de pontos de crochê e tricô com enchimento de pelúcia.
A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III – Unidade de Progressão (PEF III-UP) tem grande produção desse artesanato e, em deliberação conjunta entre Polícia Penal e Conselho da Comunidade, foram estabelecidas as metas produtivas para 2024. Serão atendidas várias instituições do município na Páscoa, Dia das Crianças e Natal.
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A Páscoa e seu significado de renascimento foi definida como uma data a ser contemplada pelo Projeto Amigurumi Solidário. Com o aporte financeiro do Conselho da Comunidade, a PPPR coordenou e produziu somente para esta comemoração 1.168 amigurumis. As instituições beneficiadas são aquelas que realizam trabalho social na cidade e que têm sua atuação comprovada.
Para o policial penal José Roberto de Morais, idealizador e principal coordenador do projeto, a entrega dos presentes é um momento mágico. “Há muito valor em cada amigurumi feito. O pacto social estabelecido, a relação entre a Polícia Penal e a sociedade se fortalece e nossa humanidade acaba sendo demonstrada da melhor forma”, destaca.
VALOR HUMANO
A Lei de Execuções Penais (LEP) (Lei 7.210/1984) prevê a remição das penas em um dia a cada três dias trabalhados. O Projeto Amigurumi Solidário contempla essa prerrogativa legal e oferece a remição de pena conforme previsto na LEP.
Em Foz do Iguaçu, são cem pessoas privadas de liberdade (PPL) que participam da iniciativa e recebem o direito. Porém, o projeto também pretende estimular a consciência dos valores do trabalho e da solidariedade. Atualmente, além das 100 PPLs implantadas e remindo pena, outras trezentas confeccionam os amigurumis de forma voluntária.
O projeto tem por objetivo criar consciência de responsabilidade social e de convívio em sociedade. O retorno positivo das instituições que recebem, e principalmente das crianças, é uma ferramenta de incentivo no estabelecimento de um comportamento saudável e digno, fortalecendo a autoestima e laços de afeto outrora perdidos.
“Quando a iniciativa começou a prosperar, com as primeiras entregas já percebemos que tínhamos algo precioso nas mãos. Este projeto define muito bem o espírito da Polícia Penal, que é o de devolver a sociedade toda a confiança depositada”, frisa o diretor da regional administrativa da PPPR em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo.
As instituições contempladas atuam em setores sensíveis da sociedade, de hospitais a centros de reabilitação multidisciplinar, da educação infantil ao ensino fundamental. A Polícia Penal do Paraná se faz presente como instituição parceira na construção de uma sociedade voltada à promoção do bem-estar e da justiça social.
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição dos amigurumis ficou definida da seguinte forma: a Instituição Maria Porta do Céu receberá 20 unidades; o Projeto Anjo Gabriel, 300; o SOS Aldeias Infantis, 50; a ONG Criança de Valor receberá 130; a Escola Municipal Cerres Ferrante, 93; o Hospital Ministro Costa Cavalcanti – Ala de Pediatria receberá 40 unidades; o Hemonúcleo de Foz do Iguaçu receberá 15; a ACDD receberá 130 amigurumis; o Hospital Municipal Padre Germano Lauck Ala de Pediatria, 50; o Projeto Oncinhas receberá 35; o Centro de Educação Infantil Três Lagoas, 190; a AFA – Casa de Acolhida, terá o recebimento de 35 unidades; a Casa de Proteção Temporária CDPT, receberá 20 e, por fim, o CRAS Santa Terezinha de Itaipu, 20 unidades. Todas as entregas foram realizadas no decorrer desta semana.
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