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Parceiro da Escola: projeto-piloto tem 90% de aprovação, diz Estado

Gestão feita por empresas parceiras atende 2,1 mil estudantes de duas escolas de Curitiba e São José dos Pinhais; Estado quer estender programa

Da Redação

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O Governo do Estado mandou nesta segunda-feira (27) o projeto de lei que oficializa o programa para a Assembleia Legislativa
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O Governo do Estado mandou nesta segunda-feira (27) o projeto de lei que oficializa o programa para a Assembleia Legislativa
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.05.2024, 15:36:53 Editado em 28.05.2024, 14:02:18
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Inspirado em modelos educacionais internacionais adotados em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Coreia do Sul, o projeto-piloto do programa Parceiro da Escola, implementado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) em 2023, tem índice de aprovação acima de 90%, segundo o governo estadual. O programa de gerenciamento das escolas da rede estadual por empresas parceiras atende 2,1 mil estudantes no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O Estado quer levar o modelo para mais 200 escolas do Paraná. No entanto, a proposta é alvo de críticas da APP-Sindicato, que representa os professores estaduais. Por conta do projeto, a categoria aprovou greve-geral para iniciar em 3 de junho.

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-LEIA MAIS: Cinco colégios da região são incluídos em projeto de terceirização

As duas pesquisas realizadas junto à comunidade escolar aconteceram no início de 2024, ainda conforme o Estado. Para a realização do mapeamento, o IRG Pesquisa elaborou um questionário estruturado que abordou os aspectos relacionados à gestão escolar e às mudanças. As perguntas foram direcionadas especificamente para pais e responsáveis pelos alunos que estudam nos colégios. Os principais pontos investigados incluíram o conhecimento dos participantes sobre a mudança na gestão, suas percepções sobre eventuais melhorias ou mudanças observadas e seus sentimentos.

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No Colégio Estadual Anibal Khury o projeto alcançou 81% de satisfação e 90% de aprovação por parte do coletivo escolar. No Colégio Estadual Anita Canet, os números foram ainda melhores, com 93% de satisfação e 96% de aprovação.

“A grande aprovação por parte da comunidade escolar em relação ao programa decorre dos resultados pedagógicos alcançados desde a implementação nas instituições participantes. Com a expansão do programa a expectativa é de que tais êxitos alcancem mais escolas, fortalecendo ainda mais o aprendizado dos nossos estudantes”, diz o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

Segundo ele, em ambas as entidades, os índices de matrículas, frequência e desempenho escolar dos estudantes apresentaram melhoras significativas entre 2023 e 2024. Também houve matrícula de 100% no Enem.

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No Colégio Estadual Anita Canet, o êxito do modelo de gestão foi observado nos índices de matrículas e desempenho dos alunos. Em 2023, a escola contava com 895 alunos matriculados e as matrículas subiram para 965, um aumento de 8%. A frequência dos estudantes saltou de 84% para 88%. Em relação ao aprendizado, dados da Prova Paraná, exame aplicado periodicamente na rede, mostram que a média de acertos dos alunos da escola aumentou de 41% em 2022 para 45% em 2023.

Ao mesmo tempo em que houve mudança na gestão, o colégio, assim como toda a rede, seguiu recebendo investimento do Estado. No ano passado foi reformado o laboratório de informática, feitas adequações nas áreas externas, adquiridos 40 novos notebooks, instaladas câmeras de segurança nas salas de aula e nos corredores, comprados equipamentos esportivos e implementadas aulas de jiu-jitsu no contraturno.

No Colégio Estadual Anibal Khury os resultados são similares. Em 2020 a escola atendia cerca de mil alunos, número que subiu para 1.141 em 2024. Em relação à frequência, o número passou de 85% em 2022 para 87% em 2023. Outro dado relevante foi a redução das aulas vagas, que são aquelas que deixam de ser dadas por falta ou ausência do professor. Em 2022, 22% das aulas do ano não foram realizadas por tal motivo. Em 2023, a partir do modelo que garante a presença de docentes na escola, o número de aulas vagas caiu para 6%.

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No ano passado o Estado reformou o refeitório e adequou o depósito de merenda da unidade. Também instalou um bicicletário, pintou as quadras coberta e descoberta, implementou sistema de segurança e câmeras de monitoramento e adquiriu 31 novos chromebooks.

Lindomar da Costa Amaral é pai de uma das alunas matriculadas no oitavo ano. Ele afirma que as mudanças no Colégio Estadual Aníbal Khury, após a implementação do projeto, foram visíveis não apenas nas notas da estudante, mas também na estrutura da escola que, com atendimento ampliado, tornou-se um ambiente de aprendizado ainda mais eficaz e seguro.

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“Percebemos um cuidado especial com a escola. Graças à facilidade das contratações há na escola profissionais suficientes para atender, não somente nas salas de aula, mas também para realização de reparos, acompanhamento dos estudantes nos pátios, limpeza, etc. Tais fatores, juntos, contribuem para que um ambiente escolar ainda mais eficaz e acolhedor”, afirma.

PROJETO DE LEI – O Governo do Estado mandou nesta segunda-feira (27) o projeto de lei que oficializa o programa para a Assembleia Legislativa. Ele tem como intuito otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional. Elas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas na rede e pela gestão de terceirizados (limpeza/segurança).

O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares, dentro de um processo democrático. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar – o número corresponde a cerca de 10% da rede.

O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. Segundo as regras, o parceiro contratado deverá utilizar os Sistemas Estaduais de Registro Escolar, ficando a cargo da Secretaria de Estado da Educação a expedição de normativas para o uso. O parceiro contratado também poderá utilizar as plataformas digitais disponibilizadas pela Seed para aplicação de seu plano de trabalho.

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