O Governo do Paraná estuda adotar o polêmico 'passaporte da vacina'. Em entrevista à rádio CBN Maringá na manhã desta sexta (15), o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, afirmou que a exigência de carteira de vacinação da Covid-19 para entrar em determinados locais e participar de eventos está sendo discutido pela equipe da saúde. "Não há ainda uma decisão. Nós estávamos esperando que o passaporte fosse uma decisão do Ministério da Saúde, incluído no Plano de Nacional de Imunização (PNI). Mas se for necessário, nós vamos tomar a decisão, provavelmente nos próximos dias", afirmou ele. O secretário também demonstrou preocupação com a temporada no Litoral do Paraná: "Aqueles que não se vacinaram devem evitar até descer ao Litoral, porque além de serem presa fácil para o vírus são vetores. Nós precisamos reduzir a circulação do vírus".
Divulgado nesta sexta-feira (15), o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz defende que o sucesso no controle da pandemia no atual estágio em que o Brasil se encontra requer - além de elevada cobertura vacinal -, a associação de outras medidas como passaporte de vacinas e uso de máscara. Para ilustrar, traz exemplos das estratégias adotadas pela Singapura e Inglaterra, que viram os casos de Covid-19 voltarem a crescer em seus países.
Na visão dos pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo Boletim, com menos de 50% da população com esquema vacinal completo, é fundamental que o Brasil adote o passaporte vacinal como uma política pública de estímulo à vacinação e proteção coletiva, além de reforçar para a população a importância da manutenção de outras medidas, como o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico e social. Eles ressaltam que a combinação deste conjunto de medidas é fundamental para garantir um processo cauteloso de retomada das atividades, a exemplo do que vem sendo realizado em Singapura, país considerado exemplar no enfrentamento da pandemia. “No Brasil, além do aumento da vacinação e da continuidade de medidas protetivas, a retomada de muitas atividades presenciais que foram suspensas durante a pandemia coloca a necessidade de readequar ambientes de convívio com filtros ou melhores condições de ventilação e prever estratégias de vigilância epidemiológica, com ampla testagem. A pandemia ainda está em curso. Estamos avançando, mas não podemos negligenciar cuidados que ainda se fazem fundamentais
Com informações, Bem Paraná
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