Na tarde desta quarta-feira (12), o Paraná e a Rússia assinaram um documento para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
Segundo informações divulgadas pela assessoria do Governo do Paraná, com esse documento, no futuro, os dois governos poderão, trabalhar juntos no desenvolvimento dos testes, e quem sabe, na produção da vacina.
Em uma reunião por videoconferência, com a presença do governador Ratinho Júnior, representantes do governo do estado, Ministério da Saúde, Anvisa e a embaixada da Rússia, os termos gerais do acordo foram firmados na tarde desta quarta (12).
O acordo possibilita que seja criado um grupo de trabalho para que a Rússia compartilhe com o Governo do Paraná e com o Governo Federal os resultados das fases um e dois das pesquisas da vacina. A fase três deve ocorrer no estado.
“É um memorando de entendimento bastante objetivo que versa sobre troca de tecnologia. Ele não gera obrigações, mas uma nova construção, um entendimento de que podemos trabalhar juntos. Vamos criar um grupo de trabalho para a formação de um protocolo que vai ser submetido às autoridades brasileiras”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do Tecpar. “Nesse momento a prioridade é a validação da vacina no País. Dependemos dessa aprovação para os outros encaminhamentos”.
Callado acrescentou que o memorando é um “primeiríssimo passo” para a entrada da vacina no País. “Agora podemos trabalhar os aspectos regulatórios e técnicos, mas sempre pensando na prudência, na serenidade e na transparência. Temos que trabalhar muito bem essa parceria para que os resultados sejam os melhores possíveis para todos os brasileiros”, disse o diretor-presidente do Tecpar.
A previsão é de que a vacina seja distribuída no Brasil no segundo semestre de 2021.
O governo não descarta a possibilidade de importar a vacina russa e não produzi-la, caso a eficácia não seja comprovada.
Na terça-feira (11), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo, a Sputnik.
Entretanto, a vacina é questionada pela comunidade internacional pela falta de informações que se tem sobre sua eficácia. A OMS recomenda que a vacina passe pelas três etapas de testes.
“Antes da liberação, não há possibilidade de colocar nada em prática. Reitero que a prudência e a segurança são palavras-chave nesse processo”, declarou o presidente do Tecpar.
Além desse acordo o Governo do Estado também já assinou um termo de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina da Sinopharm.
O acordo garante ao Paraná acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiveram 100% de positivação e nenhuma reação adversa grave.
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