Dos 121 hospitais com Unidades de Terapia Intensiva (UTI) existentes no Paraná, 114 participaram da Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente. Esse número corresponde a 94,2% de adesão das unidades. A média nacional para este tipo de avaliação é de 80%.
Essa participação resultou em 28 certificados de Alta Conformidade e Adesão Plena às práticas de segurança do paciente para hospitais públicos, filantrópicos e privados com UTI. A certificação é referente ao ano de 2022 e foi atribuída nesta quinta-feira (26) durante a reunião técnica em Curitiba promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para profissionais da área. Com foco na segurança do paciente, o encontro iniciou na quarta-feira (26) e finalizou nesta quinta (27).
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Três dessas unidades pontuaram 100% de todos os indicadores de segurança propostos e 25 hospitais atenderam 67% dos quesitos exigidos pela agência nacional. Os demais obtiveram a classificação de até 66%. A avaliação passa por uma série de critérios e consiste em um instrumento composto por 21 indicadores (de estrutura, processo e gestão de riscos), relacionados às práticas de segurança do paciente.
A vigilância sanitária estadual avaliou mais de 5 mil documentos enviados pelas unidades hospitalares com os indicadores.
De acordo com a representante da Anvisa em vigilância e monitoramento em serviços de saúde, Magda Machado Costa, que participou do evento, o fato de mais de 90% das unidades aderirem à avaliação é muito positivo no processo de segurança.
“Esse número é muito bom. O Paraná está muito bem em relação aos outros estados para a avaliação quanto à identificação de inconformidades. É um grande ciclo de melhoria. Avalia-se em um ano para melhorar no outro e esse trabalho reflete diretamente no paciente”, disse.
VIGILÂNCIA ESTADUAL
No Paraná, a análise destas informações é integralmente feita pela Divisão de Vigilância Sanitária em Serviços (DVVSS/CVIS), da Sesa, com base em documentos comprobatórios encaminhados pelos hospitais. O resultado desta análise classifica como serviço de “baixa, média ou alta conformidade” em relação às Práticas de Segurança do Paciente.
“Para que consigamos atingir o objetivo de uma assistência ao paciente de uma forma mais segura, a equipe de Segurança do Paciente da Sesa está mobilizada. Queremos motivar os hospitais com UTI, e coletivamente, a impulsionar e sustentar a segurança do paciente, promovendo a qualidade do cuidado prestado”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O encontro é uma das estratégias da vigilância sanitária da Sesa adotada para alinhamento e fortalecimento dessas práticas junto aos hospitais, principalmente pelo fato de o Paraná estar entre os cinco estados com o maior número de unidades hospitalares com UTI do Brasil.
AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA
Desde 2016, a Anvisa promove anualmente a “Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente”. Esta iniciativa está apoiada no Plano Integrado de Gestão Sanitária da Segurança do Paciente 2021-2025, como uma estratégia para a promoção da cultura da segurança, com análise na gestão de riscos, o aprimoramento da qualidade e a aplicação das boas práticas em serviços de saúde. A prática pode evitar erros e acidentes.
Dentro dos protocolos de segurança estão alguns critérios como a prevenção de infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de cateter central; prevenção de Pneumonia Associada ao uso de Ventilação Mecânica (PAV); prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC); monitoramento mensal de indicadores de infecções relacionadas à assistência à saúde; higiene das mãos; a identificação segura e correta do paciente; cirurgia segura; prevenção de lesão por pressão; prevenção de quedas; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, além de outras práticas de segurança.
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