11ª semana epidemiológica de 2020 já se encaminhava para o fim quando, em uma quinta-feira, 12 de março, os primeiros seis casos de Covid-19 foram confirmados no Paraná. Cinco moradores de Curitiba e uma de Cianorte (Noroeste), todos vindos de viagens internacionais, tiveram o diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Um ano depois, o Estado enfrenta o pior momento da pandemia.
Nesta semana, o Paraná bateu recorde em número diário de mortes na última quarta-feira, com registro de 244 óbitos. Por conta da evolução da pandemia, o Governo do Estado decretou 10 dias de medidas restritivas, encerradas na última quarta-feira, quando um novo decreto entrou em vigor, alterando funcionamento do comércio, entre outras medidas.
Ao longo do ano, o comportamento da pandemia mudou. A primeira curva crescente durou de março até meados de agosto, quando os óbitos e contaminações começaram então a diminuir. O Paraná experimentou um período de cerca de dois meses com redução semanal de casos e óbitos, que durou até outubro. Mas os diagnósticos voltaram a subir e, em novembro, chegaram ao patamar registrado em agosto. Na semana epidemiológica 46, os casos já superavam os do primeiro pico, com 19.385 contaminações entre 8 a 14 de novembro. A taxa de óbitos, porém, permanecia mais baixa do que três meses antes e chegava a 184 mortes naquela semana.
Dezembro passou então a ser o período mais crítico do ano passado. O maior pico da doença até agora ocorreu na semana epidemiológica 50, com 36.474 diagnósticos confirmados entre 6 e 12 de dezembro. A semana com o maior número de mortos em 2020 foi a seguinte, com 501 falecimentos do dia 12 ao dia 19 de dezembro.
Mas são os números registrados nas últimas semanas os mais preocupantes até agora. A 9ª semana epidemiológica de 2021, encerrada no último sábado (06), foi a que mais pessoas morreram desde o início da pandemia, com 551 falecimentos. Ao que tudo indica, deverá ser superada pela atual. No boletim desta quarta-feira (10) foi registrado recorde de mortes diárias no Paraná, 244 óbitos. O Paraná também vem enfrentando uma rotina de hospitais lotados apesar da ampliação recorrente de leitos determinada pelo Governo do Estado – quase 3,9 mil sendo 779 leitos nas duas últimas semanas.
Segundo o chefe da 16º Regional de Saúde de Apucarana, o médico Altimar Carletto, o momento é grave e pode se tornar crítico por conta das variantes do vírus que já estão circulando muito forte em Apucarana e região.
“Essa variante fez aumentar muitos os casos. Antes a nossa taxa de contaminação era de 30% agora é de 70%, tudo isso por causa dessa virulência”, comenta. O médico aproveitou para chamar a atenção das aglomerações. “Com esse vírus mais agressivo, mais contaminante, as aglomerações estão se tornando ainda mais perigosas, qualquer reunião de pessoas já é suficiente para a transmissão e sem máscara, a chance de contaminação é muito grande”, ressalta.
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